Ao menos 15 pessoas foram vítimas de golpistas que se passaram por representantes de uma empresa de Recursos Humanos nas últimas semanas em Campinas. Usando formulários para convencer moradores em busca de emprego, os criminosos criaram falsos processos seletivos e exigiram Pix de R$ 160 das vítimas para supostos exames admissionais (veja abaixo).
As pessoas que caíram no golpe detalham que o esquema começa a ser aplicado através de uma mensagem dizendo que cada uma delas participa de um processo de seleção. Para confirmar isso, porém, os criminosos alegam que é necessário preencher um formulário para prosseguir na disputa.
Depois, a vítima recebe uma nova mensagem dizendo que foi aprovada e que é preciso entregar uma série de documentos e passar por suposto um exame médico. Nesta etapa, o próprio criminoso indica a clínica e o exame a ser feito e pressiona a vítima exigindo o envio da nota fiscal da transação.
É nesse momento que a vítima entra em contato com a falsa clínica por um número fornecido pelos golpistas. O contato, então, passa um valor de R$ 160 e uma chave Pix para o pagamento. Só depois de perceber que a vaga não existe é que os interessados notam que foram vítimas de um esquema.
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EMPRESA VERDADEIRA
Até o momento, pelo menos 15 pessoas que chegaram a fazer o pagamento pelo exame procuraram a empresa verdadeira. Em contato com a EPTV Campinas, o gestor de processos da entidade que teve o nome usado, Paulo Henrique dos Santos, explica que eles também foram vítimas do golpe na cidade.
“É importante a pessoa saber: todo exame médico sempre será pago pela empresa contratante, Nunca, em nenhuma hipótese, o candidato a um vaga ele tem a obrigatoriedade de pagar o exame médico. Então, se receber uma mensagem por SMS ou por WhatsApp, desconfie e bloqueie”, diz.
ADVOGADA ORIENTA
A especialista em direito, Mariana Piazentin Martinelli, explica que as autoridades precisam ser comunicadas pelas vítimas. Para tentar reaver os valores, ela orienta buscar as documentações necessárias e registrar um boletim de ocorrência. “Hoje já existe um mecanismo especial de devolução do Banco Central para que, em caso de fraude, esse valor seja devolvido”, detalha ela.
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