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CampinasCotidianoFapesp anuncia três novos centros de pesquisa em Campinas; conheça

Fapesp anuncia três novos centros de pesquisa em Campinas; conheça

Novos espaços terão sede na Unicamp e Cnpem e passam a integrar conjunto de 29 iniciativas apoiadas pela fundação

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A Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) anunciou na semana passada que vai passar a apoiar quatro novos Cepids (Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão) em ciências exatas e da terra e engenharia, sendo três deles localizados em Campinas. As propostas foram selecionadas entre as 18 submetidas à chamada aberta em 2023.

Dois centros serão sediados na Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e o outro no Cnpem (Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais). O quarto centro de pesquisa apoiado será na USP (Universidade de São Paulo).

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Com isso, o programa passa a contar com 29 Cepids em atividade. O tempo de financiamento é de cinco anos, renováveis por mais cinco, de acordo com a Fapesp.

“Cada proposta foi analisada por cinco pareceristas ad hoc internacionais. Posteriormente, outra comissão internacional composta por cinco pesquisadores de grande experiência e renome se debruçou sobre os projetos e os pareceres e estabeleceu um ranqueamento das melhores propostas. De acordo com o edital, as quatro mais bem avaliadas foram indicadas para a FAPESP apoiar”, explica Sylvio Canuto, coordenador-geral de Ciências, Humanidades e Artes da Fapesp.

Novos centros de pesquisa em Campinas

Os novos Cepids aprovados em Campinas são:

  • CRISQuaM (Centro de Pesquisa e Inovação de Materiais Inteligentes e Quânticos) no IFGW (Instituto de Física Gleb Wataghin) da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) – Coordenador: Daniel Mario Ugarte;
  • CBG (Centro Brasileiro de Geometria) no Imecc (Instituto de Matemática, Estatística e Computação Científica) da Unicamp – Coordenador: Marcos Benevenuto Jardim;
  • Cemma (Centro de Engenharia Molecular de Materiais Avançados) no Cnpem (Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais) – Coordenador: Edson Roberto Leite.

Trabalho desenvolvido

Uma das propostas apoiadas pela Fapesp é do CRISQuaM (Centro de Pesquisa e Inovação de Materiais Inteligentes e Quânticos), com sede no IFGW (Instituto de Física Gleb Wataghin) da Unicamp. O espaço vai explorar ciência fundamental e aplicada para desenvolvimento de materiais com alto potencial de aplicação em sensores tecnológicos relevantes e sustentáveis para uso em ciências climáticas, agricultura e saúde, incluindo avanço em spintrônica para computação quântica. O centro terá como coordenador Daniel Mario Ugarte, professor do IFGW-Unicamp.

“Nossa ideia é elevar o patamar das pesquisas que cada grupo está fazendo separadamente e criar uma sinergia em um único centro. Ainda que a sede seja na Unicamp, somos um conjunto de instituições no Estado de São Paulo e fora dele com especialistas desde a ciência básica até a criação de dispositivos e novos materiais funcionais”, afirma Ugarte.

Também sediado na Unicamp, no IMECC (Instituto de Matemática, Estatística e Computação Científica), o CBG (Centro Brasileiro de Geometria) terá como objetivo o avanço do conhecimento em diversas áreas importantes da matemática, com caráter inovador e inspirador para novas gerações, além de gerar impacto no sistema educacional para o letramento e educação em matemática para o público, incluindo pessoas com deficiência auditiva.

“Serão três verticais de estudos, duas da chamada matemática pura, que são a geometria diferencial e a algébrica, e uma mais aplicada. Esta tem interações com a química, a física e a teoria da informação, entre outras”, explica Marcos Benevenuto Jardim, professor do IMECC-Unicamp e coordenador do CBG.

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O pesquisador conta ainda que um dos subprojetos do centro será o uso de aprendizado de máquina e redes neurais para a resolução de problemas teóricos da matemática. “Essa é uma tendência em grupos internacionais que estamos trazendo para cá”, afirma.

Por fim, o Cnpem será a sede do Cemma (Centro de Engenharia Molecular de Materiais Avançados), coordenado por Edson Roberto Leite. O grupo, que conta ainda com pesquisadores da USP, de universidades federais do ABC (Ufabc) e de São Carlos (UFSCar), da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) e do pen (Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares), vai utilizar engenharia molecular e avanços em nanotecnologia para desenvolvimento de novos materiais e dispositivos tecnológicos a fim de enfrentar temas críticos, como novas alternativas de energia, materiais sustentáveis e dispositivos quânticos.

“Um centro como esse pode revolucionar a captura e o armazenamento de energia, entregar melhores medicamentos, desenvolver novos materiais, sensores e dispositivos quânticos. É um ambiente favorável para a criação de produtos e processos que podem dar a origem a startups baseadas em tecnologia”, diz Leite.

Financiamento

Para Canuto, da Fapesp, os projetos de fôlego só podem ser financiados nesse formato devido à estabilidade de recursos da fundação.

“Os centros vão promover a colaboração entre times de pesquisadores altamente qualificados, garantindo que as atividades e pesquisas futuras possam ir além da soma das contribuições individuais. Essa lógica justifica um financiamento mais longo, na forma de um centro, em vez de projetos separados de cada um desses grupos”, encerra.

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Vitória Silva
Vitória Silva
Repórter no ACidade ON Campinas. Formada em Jornalismo pela Unesp, tem passagem pelos portais Tudo EP e DCI, experiência em gravação e edição de vídeos, produção sonora e redação de textos, com maior afinidade com temas que envolvem cultura e comportamento.

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