O governo do Estado de São Paulo anunciou nesta segunda-feira (20) a prorrogação até 31 de janeiro de 2022 da obrigatoriedade do uso de máscara em espaços coletivos. A medida, segundo o Estado, visa reforçar a proteção da população contra a covid-19 e contra a gripe.
“A utilização da proteção facial segue vigente em SP e será mantida em virtude da necessidade de manter hábitos preventivos e complementares à vacinação, contribuindo para minimizar o impacto tanto da covid-19 e suas variantes quanto do vírus Influenza, causador da gripe”, informou a nota.
HISTÓRICO
O uso de máscaras é obrigatório em São Paulo desde 1º de julho de 2020. Até o dia 30 de novembro, 536.887 inspeções e 10.476 autuações relacionadas ao descumprimento de normas sanitárias já tinham sido feitas pelas equipes do Centro de Vigilância Sanitária estadual.
O não uso de máscaras em locais públicos prevê multas de R$ 552,71 por pessoa física e de R$ 5.294,38 por estabelecimento, conforme resolução estadual.
POSSÍVEL RELAXAMENTO
O governo do Estado previa uma flexibilização da medida, retirando a obrigação do uso de máscara em lugar público no dia 11 deste mês. No entanto, após casos confirmados da variante ômicron no Estado, o governador pediu nova reavaliação e no dia 2 de dezembro afirmou que atendeu a recomendação do Comitê Científico para manter a exigência em espaços abertos.
No dia do recuo, a secretaria de Saúde de Campinas também afirmou que iria seguir a decisão. “Com a ameaça da nova variante ômicron, o prefeito Dário Saadi entende que esta é a decisão mais prudente”, disse a pasta.
VACINAÇÃO
São Paulo tem hoje 78,49% da população com esquema vacinal completo contra a covid-19, ou seja, com duas doses do imunizante do Butantan/Coronavac, da Fiocruz/Astrazeneca/Oxford e Pfizer/BioNTech, além da dose única da Janssen. Se considerada apenas a população adulta, SP tem hoje cerca de 95,4% das pessoas vacinadas.
Também foi realizada em 2021 a campanha anual de vacinação contra a gripe (Influenza), com o total de 13,1 milhões de pessoas imunizadas, sendo 10,1 milhões delas pertencentes aos públicos-alvo. A campanha começou em 12 de abril e, a partir de 12 de julho, doses foram disponibilizadas para toda a população, e 3 milhões de pessoas fora dos grupos prioritários receberam doses.
Além da imunização, as doenças provocadas por vírus respiratórios podem ser prevenidas com hábitos como lavar bem as mãos com água e sabão, uso de álcool gel para higienização, manter ambientes ventilados e evitar o contato com pessoas com sintomas similares aos de gripe e resfriados.