Moradores de Campinas estão há mais de 1 mês sem a possibilidade de tomar vacinas contra covid-19 pela rede pública. A cidade está com os estoques de doses para adultos zerados em todos os 68 centros de saúde desde o dia 9 de abril, e ainda não tem previsão para reposição do imunizante, segundo a Prefeitura.
O fornecimento é feito pelo Ministério da Saúde, que repassa ao estado, que, por sua vez, envia aos municípios. Porém, atrasos no processo de compra de vacinas contra a covid-19 pela pasta levaram ao adiamento do início da campanha de imunização deste ano contra a doença e já provocam desabastecimento em diversas localidades no país.
Estoques de vacinas da covid-19 seguem zerados
A Prefeitura de Campinas informou que tem realizado tratativas com o governo do estado de São Paulo para que o município possa receber novas doses da vacina contra a covid-19. Porém, até o momento, apesar de todas as solicitações feitas, não há previsão de recebimento.
Por enquanto, a rede pública de saúde conta apenas com doses da vacina para crianças e bebês. Estão distribuídas entre os centros de saúde 340 doses de Pfizer pediátrica e outras 1 mil doses de Pfizer Baby, mas não há mais estoque.
As primeiras entregas da vacina atualizada começaram a ser enviadas para 15 estados na semana passada. Em nota ao acidade on, o Ministério da Saúde comunicou que as doses foram entregues para o estado de São Paulo na última terça-feira (14).
Ministério da Saúde não cumpriu previsão inicial de entrega
No dia 20 de abril, o Ministério da Saúde confirmou a compra de 12,5 milhões de doses de vacina contra a covid-19 da farmacêutica Moderna. Segundo a pasta, os imunizantes deveriam chegar à população nos 15 dias seguintes à confirmação, ou seja, até dia 5 de maio.
No entanto, as primeiras entregas da vacina atualizada começaram a ser enviada aos estados na última quinta-feira (9). As doses desembarcaram, inicialmente, nos estados do Paraná, Goiás, Maranhão e Mato Grosso.
Entre sexta-feira (10) e sábado (11), outros 11 estados receberam o imunizante: Acre, Amapá, Ceará, Espírito Santo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rondônia e Santa Catarina.
A pasta informou que iniciou o processo de aquisição emergencial em dezembro de 2023, quando a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou a versão mais atualizada do imunizante.
Em nota, o ministério também afirmou que não houve demora na entrega das doses da nova vacina contra a covid-19. “Tão logo o imunizante contra a variante da covid-19 foi aprovado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), em dezembro de 2023, o Ministério da Saúde iniciou o processo de aquisição para abastecimento de toda a rede do SUS (Sistema Único de Saúde)”, disse.
Quem deve tomar a vacina da covid-19?
O Ministério da Saúde recomenda que tome a vacina da covid-19 anualmente os grupos prioritários a partir de 5 anos de idade, imunocomprometidos a partir de 5 anos, gestantes/puérperas e idosos a partir de 60 anos.
Fazem parte dos grupos prioritários:
- pessoas de 60 anos ou mais;
- pessoas vivendo em instituições de longa permanência (ILPI e RI), e seus trabalhadores;
- pessoas imunocomprometidas;
- indígenas;
- ribeirinhos;
- quilombolas;
- gestantes e puérperas;
- trabalhadores da saúde;
- pessoas com deficiência permanente;
- pessoas com comorbidades;
- pessoas privadas de liberdade (≥ 18 anos);
- funcionários do sistema de privação de liberdade;
- adolescentes e jovens cumprindo medidas socioeducativas;
- e pessoas em situação de rua.
*Matéria atualizada com posição do Ministério da Saúde
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