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CampinasCotidianoHC da Unicamp recebe 100 ampolas do antídoto contra intoxicação por metanol

HC da Unicamp recebe 100 ampolas do antídoto contra intoxicação por metanol

Substância é usada como alternativa ao fomepizol, tratamento de referência internacional ainda indisponível no Brasil; governo já comprou medicamento

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O HC (Hospital de Clínicas) da Unicamp recebeu nesta terça-feira (7) 100 frascos de álcool etílico absoluto, usado como antídoto para tratar intoxicações por metanol. O produto funciona como alternativa ao fomepizol, considerado o tratamento de referência mundial, mas que não está disponível no mercado brasileiro

Para suprir a demanda, o Ministério da Saúde já fechou a compra de 2,5 mil unidades de fomepizol, que devem estar disponíveis no estoque estratégico do SUS até o fim desta semana.

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Como o antídoto funciona

De acordo com a superintendente do HC, Elaine Cristina Alaide, o álcool etílico é administrado por via endovenosa em ambiente hospitalar e com rigorosa observação médica.

“Em casos de suspeita, a pessoa precisa procurar urgente uma unidade de saúde. Os sinais de alerta incluem dor de cabeça muito forte, alterações visuais, pupilas dilatadas e até risco de cegueira. A ingestão de destilados sem rótulo, já abertos ou com tampas de rosca deve ser evitada, pois são os que mais levantam suspeita”,

explica.

O etanol farmacêutico impede que o metanol seja convertido em ácido fórmico, composto extremamente tóxico ao organismo.

Diagnóstico rápido

O Ciatox da Unicamp é referência na análise de casos suspeitos e tem capacidade de realizar até 190 exames por dia, com resultados em cerca de 15 minutos. O teste pode ser feito tanto em amostras de sangue, quando a ingestão é mais recente, quanto em urina, em casos mais tardios.

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Distribuição no Estado

O governo de São Paulo anunciou na sexta-feira (3) o envio de 2 mil ampolas de álcool etílico absoluto para os principais centros de referência: os Hospitais das Clínicas de São Paulo, Campinas (Unicamp) e Ribeirão Preto. Até então, havia 500 unidades disponíveis nesses serviços.

Segundo nota técnica do Centro de Vigilância Epidemiológica, os serviços de saúde que precisarem das ampolas devem entrar em contato com os centros de referência e enviar a ficha de notificação do caso suspeito.

Fomepizol: tratamento de referência mundial

O fomepizol é considerado o tratamento mais seguro contra intoxicação por metanol e faz parte da lista de medicamentos essenciais da OMS (Organização Mundial da Saúde). Ele reduz o risco de sequelas graves e tem menos efeitos colaterais.

No entanto, o medicamento não está disponível no Brasil. Para suprir a demanda, o Ministério da Saúde comprou 2,5 mil unidades de fomepizol e 12 mil ampolas de etanol farmacêutico, que devem estar disponíveis até o final desta semana no estoque estratégico do SUS.

Situação no Brasil

O Ministério da Saúde anunciou que recebeu 217 notificações de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica. Desse total, 17 casos foram confirmados e 200 estão em investigação.

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O boletim mais recente com atualização dos casos foi divulgado pela pasta na noite desta segunda-feira (6). 

São Paulo concentra a maioria dos casos: 82,49% das notificações, com 15 casos confirmados e 164 em investigação. Além de São Paulo, o Paraná teve dois casos confirmados e quatro estão em investigação.

Há outras investigações em 12 estados: Acre (1), Ceará (3), Espírito Santo (1), Goiás (3), Minas Gerais (1), Mato Grosso do Sul (5), Paraíba (1), Pernambuco (10), Piauí (3), Rio de Janeiro (1), Rondônia (1) e Rio Grande do Sul (2). 

Em relação às mortes, duas ocorreram em São Paulo e 12 seguem em investigação (um caso no Mato Grosso do Sul, três em Pernambuco, seis em São Paulo, um na Paraíba e um no Ceará).

Por que o metanol é tão perigoso

O metanol em si não causa diretamente os danos mais graves, mas sua transformação em ácido fórmico provoca acidose metabólica severa e atinge órgãos como o nervo óptico e o cérebro. Isso pode resultar em cegueira irreversível ou até morte.

Sinais de alerta

Segundo a médica Camila Prado, os primeiros sintomas podem se confundir com os de uma embriaguez comum. No entanto, há sinais específicos que exigem atenção:

  • Mal-estar intenso e desproporcional à quantidade de bebida ingerida;
  • Náuseas e vômitos persistentes;
  • Dor de cabeça forte;
  • Alterações visuais (visão turva ou escurecida);
  • Falta de ar e respiração acelerada;
  • Exames iniciais mostrando acidose metabólica.

*Com informações da EPTV Campinas

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Laura Nardi
Laura Nardi
Repórter Web no ACidade ON Campinas. Graduada em Jornalismo pela PUC-Campinas, tem passagem pelos portais Tudo EP e Jornal de Valinhos. Adentrou no Grupo EP em 2023 e atua nos conteúdos digitais, enfaticamente com a parte textual.

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