Um homem que roubou, matou e queimou o corpo da ex-namorada em dezembro de 2014 foi condenado pela 1ª Vara Criminal de Hortolândia a 32 anos de prisão em regime fechado e pagamento de 38 dias-multa. Para o juiz responsável pela sentença, as provas do crime são conclusivas e impõem ao réu a condenação pelos crimes de latrocínio e ocultação de cadáver. A defesa deve recorrer.
Segundo o magistrado, André Forato Anhê, “vistos em conjunto, os elementos probatórios são definitivos, indicam materialidade e autoria, levando à condenação”. Além disso, “a conduta do acusado foi altamente reprovável, a revelar grande desprezo para com a vida de quem lhe era afetivamente tão próximo”. A vítima, Andreia Marise Borelli, tinha 44 anos na época do crime.
O CASO
De acordo com a investigação, o réu, Fábio Fernandes Costa, teve um relacionamento com Andréia por alguns meses. Depois do término, porém, como ela parou de pagar as contas da empresa que ele tinha na época, o homem decidiu agir em represália e contou com a ajuda de outra pessoa para planejar o roubo e a morte da mulher. O cúmplice segue até hoje sem identificação.
No crime, que aconteceu na casa de Andreia, no Jardim Santa Clara, em Hortolândia, a dupla a assassinou e roubou bens de valor, cartões de crédito e o automóvel. Depois, levaram o corpo até o bairro Chácaras Primavera, em Sumaré. Uma testemunha viu quando eles saíram do imóvel em dois carros. A Polícia Civil investigou o caso e Fábio foi preso pelos crimes meses depois.
OUTRO CRIME
O réu já havia sido condenado a 24 anos e 9 meses de prisão pela morte de um ex-sogro em 2012. O crime aconteceu em Nova Odessa e teve uma dinâmica semelhante ao de Andreia. A vítima, Claudionor Batista, foi morta após ser alvo de um suposto assalto. O corpo foi carbonizado em uma área verde de Sumaré.
Na época, a Polícia Civil descobriu que o crime foi cometido por Fábio, mas a mando da filha de Claudionor. A decisão sobre a morte de Andréia cabe recurso e a defesa de Fábio informou à rádio CBN Campinas que vai recorrer da decisão.