O IAC (Instituto Agronômico de Campinas) cememora nesta terça-feira (27) 136 anos de atividades. Sendo a primeira instituição de pesquisa agrícola da América Latina, o local apresentou novidades no setor, como duas variedades de feijão para exportação e três variedades de citros desenvolvidas em parceria com a Embrapa e a Fundação Coopercitrus Credicitrus.
“Aos 136 anos do IAC, temos muito a comemorar: inéditas tecnologias em várias de nossas áreas de atuação, além do aumento significativo de captação de recursos, como fruto da maior inserção do IAC nas principais cadeias do agronegócio, que geraram oportunidades de projetos que permitem ampliar os investimentos no Instituto”, comenta o diretor-geral do IAC, Marcos Landell.
LEIA TAMBÉM
Mata Santa Genebra abre inscrições para estágio de férias; entenda
Campinas divulga programação para aniversário de 249 anos; veja eventos
Além disso, a cerimônia realizada nesta terça ainda contou com a divulgação de um novo curso de engenharia agronômica. O projeto faz parte de uma parceria do IAC e a PUC-Campinas. O curso terá início em 2024 e contará com a expertise e competência de áreas multidisciplinares do IAC para alavancar a formação de novos talentos.
A parceria ainda traz a possibilidade de realização de estágios supervisionados, elaboração de Projetos Finais de Curso e ações voltadas ao empreendedorismo para a criação de novas empresas de base tecnológica dentro do IAC
“A parceria ainda traz a possibilidade de realização de estágios supervisionados, elaboração de Projetos Finais de Curso e ações voltadas ao empreendedorismo para a criação de novas empresas de base tecnológica dentro do IAC”, informou a instituição.
FEIJÃO CARIOCA
Em 136 anos de história, o IAC coleciona alguns feitos importantes, como, por exemplo, a criação do feijão carioca. Você sabia que o alimento foi desenvolvido no instituto a partir da década de 70?
O feijão carioca é muito consumido na maior parte do País. Curiosamente, a exceção é o Rio de Janeiro, onde predomina o feijão preto. As informações são do próprio instituto, ligado à pasta estadual de Agricultura.
Ainda segundo o órgão, desde os anos 1970, “58 novas variedades de feijão foram desenvolvidas pelo Instituto Agronômico, não somente do tipo carioca, mas também de feijão preto, rajado, vermelho”. As pesquisas resultaram em vários tipos de grãos que atendem ao mercado alimentício interno e externo.
VISITA DA RAINHA
Você sabia que a Rainha Elizabeth II conheceu o IAC nos anos 60? Registros fotográficos feitos em novembro de 1968 mostram a monarca em visita às instalações do instituto. As imagens em preto e branco mostram a monarca acompanhada de seu marido, o príncipe Philip, falecido em abril do ano passado. Acompanhados de uma comitiva, os dois aparecem observando sementes e grãos e passeando por canteiros e plantações.
A visita ao IAC, em Campinas, fez parte de um roteiro de 11 dias que incluiu outras cinco cidades: Recife (PE), Salvador (BA), Brasília (DF), São Paulo (SP) e Rio de Janeiro (RJ).
A chegada a Campinas ocorreu no dia 7 de novembro e, segundo os registros históricos do IAC, a monarca esteve na sede do instituto, na Avenida Barão de Itapura, e também no viveiro de café, na fazenda Santa Elisa.
A rainha e o Duque de Edimburgo passaram a noite na Estância Santa Eudóxia. No dia seguinte, uma sexta-feira (8), ela praticou equitação. Apaixonada por cavalos, Elizabeth tinha a prática como um de seus hobbies favoritos.
Em Campinas, a comitiva real foi acompanhada pelo governador do estado na época, Abreu Sodré, o secretário de Agricultura, Herbert Levy, o então prefeito da cidade, Ruy Hellmeister Novaes, e o ex-diretor do IAC, José Elias de Paiva Netto.
LEIA MAIS