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CotidianoJustiça aceita denúncia do MP contra líder espiritual de Hortolândia

Justiça aceita denúncia do MP contra líder espiritual de Hortolândia

Homem de 36 anos foi preso no dia 18 de março e o caso é investigado pela Delegacia de Defesa da Mulher de Hortolândia

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Suspeito foi preso em 18 de março, em Hortolândia (Foto: Reprodução/EPTV) Suspeito segue preso preventivamente em Hortolândia (Foto: Reprodução/EPTV Campinas)

A Justiça aceitou a denúncia feita pelo MP-SP (Ministério Público do Estado de São Paulo) contra o líder espiritual de umbanda Eduardo Santana, conhecido como “Pai Du”, suspeito de cometer abusos sexuais contra pelo menos 16 mulheres em Hortolândia.

Segundo a denúncia, o suspeito responderá por injúria, assédio sexual, violação sexual mediante fraude e importunação sexual informou o MP-SP. Ele foi preso em 18 de março e o caso é investigado pela DDM (Delegacia de Defesa da Mulher) de Hortolândia – veja detalhes abaixo.

O promotor Rafael Salzedas Arbach informou na denúncia que o réu cometeu uma série de crimes e vitimou vários frequentadores do templo religioso por meio de sua condição “de superior hierárquico”.

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“Na condição de superior hierárquico, ele tocava no corpo das vítimas, fazia com que elas se despissem em sua presença e constrangia mulheres com o objetivo de obter delas favores sexuais”, relata.

Além disso, Santana ainda teria feito comentários racistas e homofóbicos a um frequentador do espaço religioso, chegando a praticar atos libidinosos contra o rapaz.

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O MP-SP pediu, além da condenação na esfera criminal, a fixação de indenização por danos morais e materiais em valor não inferior a R$ 20 mil por cada vítima.

Suspeito segue preso preventivamente em Hortolândia (Foto: Reprodução/EPTV Campinas)

INVESTIGAÇÃO

Segundo o delegado titular da DDM, José Regino o investigado usava falsos argumentos religiosos para convencer as vítimas de que poderia tocá-las e ter relações sexuais com elas. Além disso, manipulava, exercia uma posição de poder e se aproveitava da proximidade para cometer os abusos e gerar medo. Os crimes eram praticados em uma cachoeira da região e em uma sala do terreiro.

“Ele as induzia a praticar atos libidinosos, relatam que em um dos rituais, ele combinava um horário, por volta da meia-noite, em um riacho, uma cachoeira, e arrancava as roupas das vítimas. As vítimas alegam que ele passava a mão nas partes íntimas delas”, detalhou Regino.

Ainda de acordo com o delegado responsável pelo caso, três testemunhas que trabalhavam com Eduardo, inclusive durante os cultos, foram identificadas e intimadas. A investigação começou através da análise de vários boletins de ocorrência semelhantes, o que gerou a suspeita da DDM. Depois disso, as vítimas foram chamadas e ouvidas e a apuração, então, foi oficialmente aberta.

MANIPULAÇÃO

Uma das mulheres que foi vítima do líder espiritual revelou à Polícia Civil como o investigado agia com os frequentadores do centro de umbanda e como manipulava as mulheres para que elas pensassem que os assédios e abusos faziam parte dos rituais.  Em entrevista exclusiva à EPTV Campinas, sem se identificar, a vítima explica que ele sempre se mostrou uma pessoa inteligente. “Ele vinha, se aproximava. E ele ia controlando a nossa cabeça”, explicou ela.

A mulher diz ainda que Santana criava um cenário que fazia ela e outros frequentadores acreditarem que aquilo era a religião. Além disso, não os deixava visitar outros terreiros, nem conversar com outras pessoas da religião. “Usava a espiritualidade para colocar medo, para que as pessoas o temessem e temessem o que pudesse acontecer”, afirma.

MENOR DE IDADE

Uma adolescente de 16 anos também prestou depoimento. Segundo o delegado, a jovem foi violentada há dois anos. Ele conta que o investigado, conhecido como “Pai Du”, se aproveitou na época da proximidade com a família da jovem.

Na época, a vítima teria falado com a mãe que não queria mais ficar no local junto com o homem, mas não revelou o motivo, e somente após as reportagens resolveu prestar o depoimento.

OUTRO CASO

Preso enquanto se preparava para uma sessão religiosa, Santana disse aos policiais que responde a um processo por assédio em Americana, onde foi professor de música, mas disse não saber das outras denúncias recentes. Conforme a DDM, o processo de assédio citado por ele é de 2014, quando dava aulas de violão e molestou uma adolescente. Não há mais detalhes deste caso.

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