A Justiça deu 90 dias para a empresa Ipiranga adotar medidas para reparar os danos ambientais causados pela contaminação das águas subterrâneas na região de Paulínia. De acordo com o pedido do MP (Ministério Público), a promotoria apresentou à Justiça relatórios da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) que apontam contaminantes na água e no solo.
O relatório técnico apontou contaminação das águas subterrâneas, com concentrações dos compostos benzeno, tolueno, etilbenzeno, xilenos e naftaleno, incluindo a presença de fase livre do produto.
Ainda segundo a promotoria, o problema persiste há mais de 21 anos na unidade da empresa em Paulínia sem que a mesma tenha tomado as medidas para conter o problema. Em caso de descumprimento da decisão, a multa à empresa pode chegar a R$ 100 mil.
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“Pela decisão, a empresa fica obrigada a, entre outras incumbências, avaliar a ocorrência de vapores abaixo do piso e a necessidade de medidas de intervenção adicionais, assim como a apresentar plano de intervenção com área de restrição/escavação nos locais com fase livre, contendo medida de restrição de uso e proposta para reabilitação”, diz trecho da decisão.
O QUE DIZ A EMPRESA
Em nota, a Ipiranga afirmou que, “independente da ação movida pelo Ministério Público de São Paulo, vem adotando todas as medidas necessárias para a remediação da área” e disse que possui o respaldo da Cetesb.
Além disso, relatou que possui um Programa de Integridade robusto e é engajada em práticas de negócios sustentáveis em contribuição aos princípios estabelecidos pelo Pacto Global e aos ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) da ONU (Organização das Nações Unidas), através de suas políticas corporativas.
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