A secretaria de Serviços Públicos de Campinas informou nesta segunda-feira (10) que prevê reabrir a pista interna de caminhada, no trecho onde ficavam os eucaliptos extraídos após o acidente fatal na Lagoa do Taquaral, até o fim dessa semana. O espaço está bloqueado desde a queda de um eucalipto gigante, que provocou a morte de uma criança e deixou uma mulher ferida no começo deste ano (relembre abaixo).
Após a tragédia, que aconteceu no dia 24 de janeiro, o parque foi fechado e a Prefeitura anunciou um plano para remoção de centenas de árvores que estavam condenadas na área verde mais conhecida da cidade. O parque foi reaberto dois meses depois, no dia 25 de março, mas com o espaço dos eucaliptos ainda bloqueado para a população, incluindo a pista de caminhada.
Segundo a secretaria, a pista será reaberta, mas o espaço dos eucaliptos permanecerá fechado com tapumes, pois é previsto o início de uma obra de urbanização no local.
Além do espaço fechado por tapumes, a Lagoa segue com a reforma em toda a parte elétrica e os trilhos para que o tradicional bondinho seja reativado. Segundo a Prefeitura, a reativação deve ocorrer em dois meses.
Os equipamentos e a maior parte dos espaços do parque já estão desde março liberados para uso da população, incluindo os pedalinhos, a visitação na Caravela, as quadras poliesportivas, a área do cartódromo, o Parcão e a academia da terceira idade.
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O MANEJO
A área de fragmento de eucaliptos foi interditada desde o acidente para o manejo das árvores. Ao todo, foram retirados mais de 500 eucaliptos da Lagoa e outras 181 árvores, de espécies diversas.
No mês passado, a Administração informou que suas propostas de trabalho relacionadas ao manejo de árvores na Lagoa do Taquaral serão implementadas. Uma das propostas é o reflorestamento da área de onde foram extraídos os eucaliptos.
De acordo com a Administração, a ideia é implantar no local um bosque urbano, com espécies nativas. O IPA(Instituto de Pesquisas Ambientais) estima plantar 1.500 mudas de espécies nativas ainda a serem definidas.
“O plano é também elaborar um inventário florestal; fazer gestão de riscos, educação ambiental, entre outros. A área também poderá ser utilizada como laboratório, para estudos e produção de sementes e mudas, em parceria com instituições acadêmicas e de pesquisa. Além de elaborar o projeto, o IPA irá monitorar esse processo”, informou a Administração.
A TRAGÉDIA
A queda do eucalipto gigante matou uma criança de 7 anos em janeiro na Lagoa do Taquaral. A vítima, Isabela Tiburcio Fermino, foi atingida pela árvore enquanto comemorava a festa de aniversário de uma prima, junto com a família.
Uma mulher de 27 anos também se feriu quando estava caminhando pelo local e ficou internada em estado grave. Uma outra criança teve ferimentos leves e foi encaminhada para a Casa de Saúde.
A árvore de grande caiu próximo aos pedalinhos, na pista onde pessoas fazem caminhada. No momento do acidente, um grupo de pessoas fazia um piquenique de aniversário, onde Isabela Tiburcio Fermino estava. No mesmo dia, durante a manhã, a Prefeitura de Campinas anunciou o fechamento de todos os parques públicos de Campinas como medida de segurança.
Segundo laudos técnicos do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) e do IB (Instituto Biológico), órgãos ligados ao governo do Estado de São Paulo a queda do eucalipto foi causada por razões meteorológicas, como alto índice pluviométrico (excesso de chuvas) e ventos, e fatores ligados à permeabilidade do solo (encharcamento).