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CotidianoLíder espiritual acusado de assédio em Campinas morreu afogado, diz polícia; suspeita é de suicídio

Líder espiritual acusado de assédio em Campinas morreu afogado, diz polícia; suspeita é de suicídio

Segundo a Polícia Civil, o corpo de Domingos Forchezatto, de 68 anos, não apresentava sinais de violência; líder era investigado por assédio sexual

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Domingos Forchezatto, diretor espiritual de terreiro de umbanda, era investigado por assédio sexual (Foto: Reprodução/Facebook oficial AEUPT)
Domingos Forchezatto, diretor espiritual de terreiro de umbanda, era investigado por assédio sexual (Foto: Reprodução/Facebook oficial AEUPT)

A Polícia Civil confirmou no final da manhã de hoje (26) que o corpo encontrado ontem (25) no Rio Atibaia, em Campinas, é do líder espiritual Domingos Forchezatto, de 68 anos, e que a causa da morte foi afogamento. Domingos era diretor espiritual de um terreiro de umbanda, e investigado por crimes de assédio sexual. Havia um mandado de prisão preventiva aberto contra ele, que estava desaparecido desde o dia 29 de julho.

Durante a manhã de hoje, o IML (Instituto Médico Legal) já havia informado que a família de Domingos tinha reconhecido o corpo encontrado no Rio Atibaia como sendo do guia. Segundo a Polícia Civil, com reconhecimento de familiares e do caseiro, além de análise da arcada dentária, a investigação concluiu que o corpo é de fato do líder espiritual, que desapareceu próximo ao local onde foi encontrado.

Ainda de acordo com a polícia, o corpo não apresentava sinais de violência. Pelas informações obtidas até o momento na investigação, a principal suspeita é que Domingos cometeu suicídio.

“Eu acompanhei hoje o exame necroscópico e foi afirmado que foram encontrados no estômago da vítima vestígios de areia, terra e vegetação, o que conclui a causa da morte como afogamento. Ainda é muito precoce afirmar que foi suicídio, as investigações estão sendo feitas, mas pelas informações preliminares que foram trazidas no boletim de ocorrência, a causa de suicídio é uma hipótese muito forte”, afirmou o delegado Maurício Lucenti.
 

 

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Segundo o delegado, o laudo ainda não foi concluído, mas não há mais dúvidas sobre a identificação do corpo. Agora, a polícia vai ouvir outras pessoas para tentar concluir a investigação e a causa da morte.

LOCALIZAÇÃO DO CORPO

O corpo foi encontrado na tarde de ontem (25) por pescadores que estavam descendo o Rio Atibaia, em Campinas, na altura do bairro Vila Village. Segundo a polícia, o corpo estava preso entre galhos nas margens do rio, o que dificultou ainda mais o resgate.

Após a retirada, o caseiro da chácara do líder espiritual afirmou que o corpo estava com calça jeans e camisa preta de malha semelhantes a de Domingos. O delegado da Deic (Divisão de Investigações Criminais), Oswaldo Diez afirmou durante a noite que alguns elementos apontavam a possibilidade do corpo ser do líder espiritual, mas que até então era preciso confirmar por meio de exames.

Local onde corpo foi encontrado em Campinas (Foto: Daniel Mafra/EPTV Campinas)
Local onde corpo foi encontrado em Campinas (Foto: Daniel Mafra/EPTV Campinas)

 

DESAPARECIMENTO

Domingos tinha sido visto pela última vez na madrugada de uma sexta-feira na chácara onde costumavam ocorrer os eventos do terreiro, no distrito de Barão Geraldo, à beira do Rio Atibaia. Ele esteve no local com um amigo e desapareceu.

O líder espiritual atuou por cerca de 30 anos como diretor espiritual e terapeuta no terreiro. Segundo o centro, ele estava afastado de suas funções desde o dia 29 de junho. Os crimes sexuais estão sendo investigados desde o dia 14 de julho.

PRISÃO DECRETADA

Domingos era diretor espiritual da AEUPT (Associação Pai Tajubim) e teve a prisão preventiva decretada neste mês, após o desaparecimento. A 1ª DDM (Delegacia de Defesa da Mulher) concluiu o inquérito que apurou casos de abuso sexual cometidos em um terreiro de umbanda em Campinas. Ao menos 15 pessoas, entre mulheres e testemunhas, prestaram depoimento até o início de agosto.

Uma vítima do líder espiritual de umbanda acusado de assédio sexual em Campinas afirmou que ele pedia segredo do ato criminoso porque isso podia “destruir a fé” das pessoas. O caso foi revelado em julho e o homem atuava em um terreiro de umbanda na região do Taquaral.

No relato, a vítima, que preferiu não se identificar, afirmou que o Pai de Santo iniciou as ações durante um atendimento individual.

“Em 2014, eu estava ainda de licença-maternidade e passei na sala dele de atendimento. Esse tipo de atendimento é comum, individual, a gente sempre pede ajuda. E na hora de sair da sala, eu levantei, ele se levantou, ficou bem próximo a mim, e eu com a minha filha no colo. Eu assustei quando ele colocou a mão dele dentro da minha roupa. E eu assustei, dei um tranco para trás”, relata.

Segundo a vítima, o líder espiritual teria dito que o procedimento era normal e que era utilizado para passar a energia. “E me falou que eu guardasse segredo, porque as pessoas não iriam entender”, disse. A vítima relata que o homem associava isso a destruição da fé no terreiro e na religião.
 

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