A mãe da adolescente Gabriela Nichimura, morta em 2012 após cair do brinquedo La Tour Eiffel no Hopi Hari, em Vinhedo, criticou nesta terça-feira (14) a falha em uma trava da montanha-russa do parque no último sábado (11).
Em um texto no Facebook, Silmara Nichimura fez um desabafo no qual reclama da impunidade. “Em 2012 morreu minha filha linda e tão amada com apenas 14 aninhos. E depois de tantos anos, os mesmos erros, mesmas falhas”, afirmou.
“Falta de respeito, amor e cuidados com o ser humano. Só Deus mesmo viu?”, escreveu ela ao compartilhar uma notícia sobre o fato ocorrido no final de semana. Nos comentários, várias pessoas se solidarizaram e apoiaram a mulher.
RELEMBRE O CASO
Gabriela Nichimura tinha 14 anos quando caiu da atração La Tour Eiffel em 24 de fevereiro de 2012. O elevador tem 69,5 metros de altura e uma queda livre que chega aos 94 km/h. A menina caiu de uma altura de 25 metros.
A jovem estava com a mãe, o pai e irmã no brinquedo. Ela chegou a ser atendida pela equipe do parque, mas morreu antes de chegar ao hospital. O trava do assento em que estava abriu e não havia cinto de segurança para ela.
MONTANHA-RUSSA
Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o momento em que uma trava de segurança se solta da principal montanha-russa do Hopi Hari. A cena aconteceu no sábado (11) e mostra o dispositivo nas mãos de um visitante, com o carrinho já parado. Outro vídeo flagra o resgate das pessoas no brinquedo.
Um dia depois do fato, um visitante que estava no local disse à EPTV Campinas que os operadores da montanha-russa Montezum foram informados sobre a falha em uma trava antes de a atração começar a se mover. Um deles, porém, teria se recusado a parar os carrinhos imediatamente.
O QUE DIZ QUE O PARQUE
O presidente do Hopi Hari, Alexandre Rodrigues, disse, também em entrevista à EPTV Campinas, que a peça solta faz parte de um sistema de segurança com vários componentes e que o percurso poderia acontecer normalmente sem ela.
“São várias peças que nós temos que compõem um montante de segurança. Então o percurso seguiria naturalmente. Ela fica presa no trem, e quando você senta tem o cinto de segurança, esse sim é o principal, e depois pega aquela trava como redundância e prende no corpo da pessoa”, explicou Rodrigues.
O presidente não considera que o fato possa ser considerado um “incidente” e alega que uma verificação foi feita logo após o que chama de “parada técnica”.
“Tanto é que demorou mais para tirar as pessoas do trem, com todas as medidas de segurança. Uma vez que entendemos o que aconteceu, nós apertamos novamente, passou por uma análise de trinca. No domingo, no primeiro horário, estava funcionando normalmente”, reforçou Alexandre Rodrigues.