Cinco alunos do último ano de jornalismo da Pontifícia Universidade Católica (PUC), Campinas, turma 2020, Nathalia Lima, João Pedro Masseto, Maria Elisa Pedroso de Moraes, Daniele Silva e Karina Mazzonetto usaram como tema para o trabalho de conclusão a Maria Fumaça e sua história em Campinas, Jaguariúna e Monte Alegre do Sul.
Trata-se de uma série com três episódios intituladas “Por trás da fumaça”, que relata a importância das locomotivas na região, o trabalho de recuperação de trens e vagões realizado pela Associação Brasileira de Preservação Ferroviária (ABPF), o passeio entre Campinas e Jaguariúna e os projetos paralisados e em execução.
A rede Ferroviária chegou a Jaguariúna em 1875, no mesmo ano em Pedreira e Amparo. Mais tarde, em 1890, em Monte Alegre do Sul e somente em 1908 estendeu o percurso até a cidade de Socorro.
O trem foi uma importante inovação para o desenvolvimento de muitas cidades. João Morelli entrevistado da série e morador de Monte Alegre do Sul e afirma que a população da cidade era maior nesse período.
“O povo era muito mais do que o dobro de agora. Todas as fazendas tinham uma série de colonos, os sítios eram grandes, só máquina de beneficiar café tinha meia dúzia, para você ver o movimento que tinha aqui”. Uma prova da prosperidade que o transporte trouxe, diz em um dos trechos da entrevista.
A linha ferroviária Campinas Socorro foi extinta em 1966, passando de meio de transporte para símbolo histórico turístico.
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Nathalia Cristina Fernandes de Lima
“Diante de uma pandemia parecia impossível e muitas vezes cogitamos em mudar o formato. Mas em momento algum desistimos do nosso tema, da história da Maria Fumaça. Depois de pensar muito, decidimos que manteríamos a ideia inicial e faríamos uma série de reportagem digna da Maria Fumaça! Assim como ela, enfrentamos desafios, achamos energia para reerguer e fazer acontecer. Foi muito intenso produzir tudo isso, mas ao mesmo tempo foi mágico ouvir tanto amor nas histórias dessa locomotiva a vapor”.
João Pedro de Almeida Masseto
“Eu particularmente não conhecia a Maria Fumaça antes de começar a pesquisa do projeto, pude ver de perto como funciona a locomotiva e as estações, e o que mais me chamou a atenção foi o amor e o carinho que os responsáveis pela Maria Fumaça e suas estruturas têm pelo projeto em si”.
Maria Elisa Pedroso de Moraes
“É apaixonante olhar para trás e ver o que foi o sistema ferroviário e as Marias Fumaças que deram início a ao transporte comercial e de passageiros, o quanto os passageiros em geral curtiam as viagens”.
Daniele Silva.
“A Maria Fumaça é um importante símbolo turístico para as cidades que ela circula e é um grande símbolo de amor para aqueles que um dia já estiveram dentro dos vagões”.
Karina Mazzonetto.
“O tema surgiu em conversas com professores e em contato com historiadores e moradores da região, observamos que era um tema pouco abordado e muito rico em conteúdo. Por mais que muitas vezes próximos de nós, não conhecemos a grandiosidade do assunto”
O projeto foi orientado pela docente Cecília Toledo.
Episódio 1
Episódio 2
Episódio 3
*Karina Mazzonetto com supervisão de Ivan Lopes