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Médicos de Angola vão atuar em unidades básicas de Campinas

Projeto é realizado pela Faculdade de Ciências Médicas, em parceria com a secretaria de Saúde

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Médicos de Angola vão atuar em unidades básicas de saúde de Campinas como parte de um projeto nacional de formação em medicina geral e familiar. A iniciativa, que reúne 50 profissionais de Angola em universidades brasileiras, busca promover o intercâmbio entre os sistemas públicos de saúde dos dois países. Na cidade, a ação é conduzida pela FMC (Faculdade de Ciências Médicas) da Unicamp, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde.

Durante três meses, os médicos vão acompanhar a rotina de 25 centros de saúde da rede municipal, com dois profissionais por unidade. É a primeira vez que eles participam de atividades fora do ambiente hospitalar, com foco na atenção primária e no contato direto com a população.

“Essa é a primeira vez que recebemos médicos para atuar na medicina de família e comunidade, e não em hospitais. A ideia é apresentar como funciona a atenção primária à saúde no Brasil, que envolve equipes multiprofissionais em contato direto com a população”,

explica o professor Rubens Bredikow, coordenador de extensão da FCM.

Além da prática de segunda a quinta-feira nas unidades básicas, às sextas os médicos se reúnem na Unicamp para atividades formativas.

“Na extensão, a proposta é que ambos aprendam e ensinem. Queremos entender como eles se relacionam com as comunidades lá e mostrar como fazemos aqui. A extensão universitária deve ser transformadora para a sociedade e para a universidade”,

completa Bredikow.

Convênio com Angola

O convênio entre Unicamp e governo de Angola existe há quase 20 anos. Desde 2005, médicos do país africano vêm ao Brasil para se especializar, principalmente em áreas hospitalares.

“Nessas duas décadas, vieram médicos fazer especialidades, como se fosse um curso de residência médica. Eles ficam aqui por dois, três, até cinco anos, e depois esse certificado de ‘treinamento em serviço’ é revalidado em Angola como uma especialização”,

conta o professor.

A nova etapa do projeto representa uma mudança de foco, voltada para a medicina comunitária.

“Viemos para uma troca de experiências. O Brasil tem um modelo mais avançado de medicina comunitária e queremos aprender como está estruturada essa atuação nas comunidades. Nosso governo nos mandou com essa missão: construir uma nova forma de abordagem a partir do que aprendemos aqui”,

afirma a médica Maria Antônia Kahala.

Edgar Sanhangala, também participante do projeto, destaca o impacto que pretende levar à sua região.

“Trabalhamos com doenças preveníveis, muitas ligadas ao estresse, como hipertensão e diabetes. Nossa expectativa é aplicar o que aprendermos para mudar o sistema de saúde. Sabemos que vamos encontrar aqui boas práticas que podem nos ajudar a transformar a realidade de lá.”

A expectativa é que o programa se repita nos próximos anos, com novos grupos.

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“A ideia é que o projeto continue em ciclos. Vamos negociar a vinda de novos profissionais conforme a capacidade das unidades de saúde e o envolvimento da Secretaria Municipal de Saúde. Há muita vontade de fazer dar certo, e a extensão é o caminho para isso”,

afirma Bredikow.

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Giovanna Peterlevitz
Giovanna Peterlevitz
Repórter no ACidade On Campinas. Tem experiência na cobertura de grandes factuais nacionais e internacionais, nas diversas áreas de jornalismo. Já atuou em direção de imagens, edição de vídeo, produção, reportagem, redação e edição de textos e também na apresentação de telejornais e programas de entrevista.
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