O milionário da Mega-Sena assassinado em Hortolândia ficou 20 horas com os criminosos antes de ser morto, de acordo com a Polícia Civil. Jonas Lucas Alves Dias, de 55 anos, foi encontrado na quarta-feira (14) às margens da Rodovia dos Bandeirantes (SP-348) com sinais de espancamento – ele ainda estava com vida. Ele ganhou R$ 47,1 milhões na loteria em 2020 – e a investigação aponta que este foi o motivo do crime. Ao todos os criminosos conseguiram cerca de R$ 20 mil, uma transferência de R$ 3 milhões foi tentada mas não foi concluída (leia mais abaixo).
O corpo da vítima está sendo velado nesta sexta-feira (16). A cerimônia de despedida acontece exclusivamente para parentes e amigos. A entrada do local onde ocorre o velório foi isolada e o acesso restrito foi liberado por uma porta lateral do espaço. Segundo um dos amigos do milionário, ninguém próximo deve falar com a imprensa no velório e no enterro.
DEPOIMENTOS
Ainda nesta semana, a delegada responsável pelo caso, Juliana Ricci, disse que ouviu os ex-sócios do milionário. Eles trabalhavam juntos e depois do prêmio formaram uma sociedade. No entanto, Jonas deixou essa empresa em março desse ano. Segundo a polícia, os ex-sócios não são tratados como suspeitos. Amigos da vítima também foram ouvidos, mas para a investigação entender as relações afetivas do milionário.
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CONTAS BANCÁRIAS
A polícia também já conseguiu informações das duas contas bancárias que os suspeitos usaram para receber transferências. A que receberia R$ 3 milhões – que acabou não acontecendo – é de uma pessoa jurídica. A outra conta que recebeu a transferência via PIX, de cerca de R$ 20 mil, é de uma pessoa física. A delegada ainda disse tem imagens de câmeras de segurança do momento em que os saques foram feitos presencialmente pela vítima. Ela estava acompanhada. As imagens não foram divulgadas.
PESSOA SIMPLES E HUMILDE
Amigos de Jonas Silva Alves Dias disseram que ele era uma pessoa simples e humilde e não mudou a vida mesmo após ganhar o prêmio milionário. Inclusive, a vítima ajudava pessoas do bairro que morava com o dinheiro que recebeu. “Ele não alterou em nada a vida dele. Continuou morando em Hortolândia, com o mesmo grupo de amigos”, disse a delegada do caso. Juliana Ricci afirmou ainda que trabalha com três linhas de investigação: latrocínio, extorsão seguida de morte ou homicídio.
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