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CotidianoMorte no tobogã: parque onde professora de Campinas morreu suspende atividades

Morte no tobogã: parque onde professora de Campinas morreu suspende atividades

Prazo de suspensão não foi informado pela empresa; Luciana Cerri e o filho foram arremessados do tobogã e bateram em uma grade de proteção

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O Parque Ski Mountain Park, onde uma professora de Campinas morreu após descer em um tobogã, em São Roque, informou que as atividades no local estão suspensas. Luciana Cerri, de 42 anos, e o filho foram arremessados para fora do tobogã e bateram na grade de proteção do brinquedo no último sábado (8). O comunicado foi feito nesta quinta-feira (13) nas redes sociais e no site do Ski Park.

“Em solidariedade a família e amigos da vítima, bem como com a finalidade de colaborar com a apuração dos fatos, comunicamos a suspensão das atividades do parque. Agradecemos pela compreensão”, informa a empresa.

O Ski Park não informou o prazo de suspensão das atividades, no entanto, no site da empresa é informado que o local estará fechado até o dia 30 de abril. Além disso, não há informações sobre a compra de ingressos para maio.

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FALHA DE SEGURANÇA

Em depoimento, o monitor relatou que brinquedo teria um dispositivo, que funciona como uma rampa, para diminuir a velocidade de quem está descendo e, segundo ele, esse aparato de segurança não funcionou e a vítima foi arremassada para a grade de proteção, que fica a 2 metros de distância do tobogã.

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A Polícia Civil ainda vai ouvir o responsável pelo parque, e solicitou a apresentação do alvará de funcionamento e laudos, além das imagens de câmeras de segurança. A corporação ainda deve colher o depoimento do socorrista que prestou o primeiro socorro, o marido da vítima e uma testemunha que estava no local no momento do acidente, que mora em Jundiaí. No caso dos moradores de outras cidades, eles serão ouvidos à distância.

Luciana era professora em Campinas e deixou dois filhos (Foto: Redes Sociais) Colégio publicou homenagem à Luciana (Foto: Rede Social)

A Polícia Civil também solicitou uma segunda perícia ao IC (Instituto de Criminalística) com enfoque na engenharia do brinquedo. A investigação irá apurar a velocidade atingida pelos frequentadores do brinquedo e a razão para a falha no dispositivo de segurança. O laudo desta nova perícia deve ficar pronto em até 30 dias.

O caso é investigado pela Polícia Civil como morte acidental e lesão corporal. Apesar de não ter impedimento legal, o Ski Mountain Park segue fechado.

INVESTIGAÇÃO

Na segunda-feira (10), uma equipe do Crea (Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura) esteve no parque para uma fiscalização administrativa e emitiu uma notificação para a apresentação de documentação relativa às atividades técnicas prestadas no local, desde o projeto a execução dos brinquedos.

“O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado de São Paulo (Crea-SP) informa que esteve com a fiscalização no parque de São Roque onde houve o acidente no último sábado (8/4) e que emitiu uma notificação para que sejam apresentadas todas as documentações relativas às atividades técnicas prestadas no local, desde projeto e execução do empreendimento e brinquedos às Anotações de Responsabilidade Técnica (ARTs)”, informou em nota.

Além disso, o Crea solicitou à Polícia Civil o boletim de ocorrência e o laudo da perícia. O conselho é responsável por fiscalizar, controlar e orientar o exercício das atividades profissionais de engenheiros, agrônomos, geocientistas e tecnólogos envolvidos em serviços técnicos de projeto, execução e manutenção.

Com isso, o Crea pode abrir um procedimento para apurar a responsabilidade do parque na morte da professora em caso de falta de manutenção ou defeito.

RELATO DE TESTEMUNHA

Janine Janeri, moradora de Jundiaí, contou que estava no Ski Mountain Park, perto do teleférico, quando viu a mulher descer o tobogã com o filho no colo. Ela percebeu quando os dois baterem em uma grade de proteção.

O relato da testemunha foi feito nas redes sociais. Janine contou que após o acidente, Luciana estava completamente desacordada.

“Na hora que ela estava descendo, ela sofreu um acidente horrível. Eu socorri a criança que estava no meio da perna dela. Todo mundo sem entender o que tinha acontecido. Meu Deus do céu, a mulher não levantava e a criança não levantava”, disse.

“Peguei o menino e ele só falava assim: tia, eu vou ter que levar ponto? (…) E, nisso, eu já acolhi a irmã do menino, que estava vindo logo atrás, que desceu no tobogã também”, completou. Também citando o despreparo do parque no atendimento à vítima.

Com ferimentos graves, a mulher chegou a ser socorrida ao pronto-socorro da cidade, mas não resistiu aos ferimentos. De acordo com o registro da Polícia Militar, ela e o filho teriam sido socorridos à Santa Casa por funcionários do parque.

A criança teve ferimentos no rosto e foi transferida ao Hospital São Francisco, onde segue internada.

HOMENAGENS

A irmã de Luciana divulgou uma homenagem à vítima nas redes sociais.

“Um pedaço de mim se foi. Minha melhor amiga se foi, minha alma gêmea se foi, minha irmã querida e tão amada se foi… Eu te amarei eternamente e você sempre estará viva no meu coração. Vou cuidar dos seus, dos nossos e de tudo o que você amou intensamente até o fim. Logo vamos nos encontrar, me espere, minha flor (como você me chamava, flor)”, postou Adriana Cerri, irmã da vítima.

Colegas de trabalho também lamentaram a morte de Luciana.

“Tia Lu, era assim chamada carinhosamente pelos alunos, famílias e colegas de trabalho. Uma professora, um ser humano incrível, fenomenal. Lu, gratidão por todos os anos de amor e dedicação ao nossos projeto educativo. Você estará sempre presente em nossas lembranças e em nossos corações. Amor eterno por você”, postou Simone Jaqueline Xavier, em nome do colégio nas redes sociais.

Colégio publicou homenagem à Luciana (Foto: Rede Social)

O coordenador pedagógico Rodrigo Pinto também falou sobre Luciana.

“Além de professora, ela era uma pessoa excepcional. Trabalhou muitos anos com a gente aqui, deixou um legado tanto para os alunos, professora, monitores que se espelhavam nela como professora. E assim, a gente tá muito triste, muito abalados com essa situação”.

No velório a amiga Cleusa Cavalcante Silva lamentou a tragédia. “A gente fica sem acreditar em uma perda dessa. E a gente pensa na família, nos filhos. A morte é muito estúpida, né. Foi um passeio que tornou essa tragédia muito grande. Uma tragédia… Quantos corações dilacerados”, disse em entrevista à EPTV.

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