O medicamento Mounjaro (tirzepatida), concorrente do Ozempic e conhecido por seus efeitos no emagrecimento, chega às farmácias brasileiras na primeira quinzena de maio. A medicação foi aprovada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) em setembro de 2023, mas até então só podia ser obtida por meio de importação.
Indicação principal do Mounjaro: tratamento do diabetes
Apesar da fama entre quem busca emagrecimento, o Mounjaro, fabricado pela farmacêutica Eli Lilly, é indicado primariamente para o tratamento do diabetes tipo 2. Estudos apontam que a tirzepatida tem efeito ainda mais potente no controle da glicemia do que a semaglutida, substância presente no Ozempic.
No Brasil, o Mounjaro foi aprovado apenas para uso no tratamento do diabetes. No entanto, a farmacêutica já aguarda autorização da Anvisa para ampliar a indicação da medicação ao controle crônico do peso — uso que, apesar de ainda não autorizado, já é adotado por muitos médicos no modelo off label – fora das indicações da bula.
Preço e aplicação
Assim como o Ozempic, o Mounjaro é aplicado por meio de injeções semanais. Estará disponível em duas dosagens: 2,5 mg e 5 mg, em caixas com quatro canetas, suficientes para um mês de tratamento. Confira os preços:
Dosagem de 2,5 mg – caixa com 4 canetas:
- Pelo programa da fabricante Lilly: R$ 1.406,75 (no e-commerce) e R$ 1.506,76 (loja física)
- Fora do programa da fabricante: R$ 1.907,29
Dosagem de 5 mg – caixa com 4 canetas:
- Pelo programa da fabricante Lilly: R$ 1.759,64 (no e-commerce) e R$ 1.859,65 (loja física)
- Fora do programa da fabricante: R$ 2.384,34
Como o Mounjaro funciona?
O Mounjaro contém tirzepatida, substância que atua como agonista duplo dos hormônios GLP-1 e GIP, liberados pelo intestino após as refeições. Isso significa que o medicamento:
- Estimula a produção de insulina pelo pâncreas, ajudando no controle da glicemia;
- Retarda o esvaziamento gástrico, prolongando a sensação de saciedade;
- Atua no cérebro, reduzindo o apetite.
Com esse mecanismo, a medicação contribui para a redução da ingestão calórica e, consequentemente, para a perda de peso.
Uso requer prescrição médica
Especialistas alertam que, embora o medicamento esteja prestes a chegar às farmácias, ele deve ser utilizado com orientação médica, especialmente por quem deseja utilizá-lo com foco no emagrecimento. A medicação pode causar efeitos colaterais e deve ser parte de um plano de tratamento abrangente.
Receita com retenção obrigatória
A Anvisa determinou em abril que medicamentos à base de agonistas do GLP-1 — como Ozempic e Wegovy — só poderão ser vendidos mediante apresentação de receita médica com retenção obrigatória. A regra também valerá para o Mounjaro a partir do início das vendas nas farmácias.
Antes da nova norma, bastava apresentar a receita, que era devolvida ao consumidor após a compra. Com a mudança, o receituário será retido pela farmácia.
A decisão foi aprovada por unanimidade pela diretoria colegiada da Anvisa, que justificou a medida como forma de reforçar o controle sobre o uso desses medicamentos e proteger a saúde pública frente ao aumento do “consumo irracional” de emagrecedores.
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