O anúncio de um novo reajuste nos preços da gasolina e do diesel provocou filas de veículos em postos de diversos bairros de Campinas nesta quinta-feira (10).
A grande procura durante a tarde chegou a causar reflexos no trânsito em algumas vias, como nas avenidas Jorge Tibiriçá, José Bonifácio e Moraes Salles, e também às margens da Rodovia D. Pedro (SP-065) (veja as imagens abaixo).
Como o aumento confirmado pela Petrobras vale a partir desta sexta (11), muitos motoristas correram para encher o tanque e evitar os novos valores.
O preço médio de venda da gasolina para as distribuidoras vai subir 18,8% a partir de amanhã. Com isso, vai passar de R$ 3,25 para R$ 3,86 o litro.
Já o preço do diesel no País deve sair de R$ 3,61 pra R$ 4,51 por litro, ainda conforme a estatal. O reajuste é de 24,9%, o que representa R$ 0,90 a mais.
RECLAMAÇÕES
Na última semana, o preço médio da gasolina comum em Campinas chegou a R$ 6,20 o litro. Já o do diesel, a R$ 5,51. Os valores já eram considerados altos.
Por esse motivo, o dono de uma transportadora com mais de 500 veículos na frota de carros e caminhões, Rêmulo Lugão, critica a série de aumentos.
“Quando a gente acha que vai respirar, vem outra porrada. Vamos rodar e vamos ter que repassar o aumento pra cadeia toda. Não tem opção”, conta.
A autônoma Rosângela de Faria dos Santos se diz desconfiada. “Liga a TV tá um preço. Chega no posto é, outro. Prefiro não arriscar pra já não ficar caro”, alega.
CAUSA E EFEITO
O aumento foi atribuído à cotação do barril de petróleo no mercado mundial após a invasão da Ucrânia pela Rússia. Nesta quinta, o valor do barril superou o patamar de US$ 115. Mas no começo da semana, quase chegou a US$ 140.
A ANP (Agência Nacional do Petróleo) diz que o repasse aos consumidores deve ser imediato, mas o valor final dos combustíveis na bomba depende ainda de impostos e também da margem de lucro dos distribuidores e revendedores.