O número de bancas e pequenas livrarias na região de Campinas cresceu 20,5% entre 2019, antes da pandemia, e junho deste ano. O total de locais que vendem jornais e revistas também subiu 25% no período (veja todos os números abaixo).
A pesquisa foi feita pelo Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e mostra que muitos proprietários e microempresários precisaram se reinventar e ter criatividade pra seguir faturando na pandemia.
O levantamento feito nas 20 cidades da RMC (Região Metropolitana de Campinas) indica a quantidade de microempreendedores que vendiam livros em 2019 e o número de estabelecimentos menores que fazem isso atualmente:
– Em 2019: 112 microempreendedores
– Em 2022 (até junho): 135 microempreendedores
Os dados do Sebrae também comparam o total de bancas de jornais e revistas:
– Em 2019: 303 locais de venda
– Em 2022 (até junho): 379 locais de venda
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SOBREVIVÊNCIA
Diante das dificuldades impostas pelo isolamento social e as restrições, principalmente no primeiro ano de pandemia, muitos empreendedores tiveram que se adaptar e usar a criatividade para minimizar perdas maiores nas vendas.
As bancas, que antes só vendiam jornais e revistas, hoje vendem uma série de produtos, como brinquedos, tabacaria e até terra. Além deles, os novos locais já abriram buscando oferecer um serviço diferenciado, como espaço para a leitura.
“O que vem mudando é o perfil do cliente e de consumo. Temos mangás, revistas de super-heróis, tabacaria, brinquedos e presentes. Esse cliente que vinha procurando o jornal em papel físico está um pouco extinto”, relata Luiz Gustavo Toledo Cornélio, da tradicional Banca do Rosário, no Centro da cidade.
NOVO CONCEITO
Assim como no caso das bancas, os locais que vendem livros também mudaram o formato. A Livraria e Sebo Jardim das Delícias, em Holambra, abriu durante a pandemia e, além da venda de títulos, oferece ao leitor um estado de espirito. O ambiente possui estantes de madeira e decoração com detalhes de arte.
“Na pandemia, minha irmã veio morar para cá e tinha um acervo muito grande de livros. O ambiente é esse, podemos falar em familiar, mesmo”, comenta a proprietária Dinda Amaral.
Os milhares de títulos estão disponíveis também em estantes virtuais.
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