A quantidade de novos processos na Justiça por crimes de receptação disparou no último ano nas três maiores cidades da região de Campinas. De acordo com dados do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), foram 223 novas ações registradas em 2024, um aumento de 197,33% em relação a 2023, quando houve apenas 75 processos.
A receptação ocorre quando uma pessoa compra, recebe, guarda ou transporta produtos oriundos de crimes, como furtos e roubos. Além do aumento expressivo nos novos casos, os tribunais das cidades de Campinas, Sumaré e Indaiatuba ainda tinham 940 processos pendentes de julgamento relacionados ao crime de receptação ao longo do ano passado.
Evolução dos processos por receptação nas três maiores cidades da RMC:
O aumento expressivo também se reflete nas prisões. Segundo a Polícia Militar, 967 pessoas foram detidas por receptação em 2024 só em Campinas.
Um dos casos mais recentes aconteceu no dia 29 de janeiro, quando um homem de 39 anos foi preso em flagrante com um arsenal dentro de um carro roubado. O veículo estava com placas adulteradas, e o caso foi registrado como receptação de veículo, posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito e adulteração de sinal identificador de veículo.
Celulares como alvo dos criminosos
O capitão Alexandre Hoio, da Polícia Militar, destaca que, além dos veículos, os celulares também são alvos frequentes de receptação.
“Os infratores sabem que celulares são produtos de grande consumo. Muitas vezes, a pessoa busca um modelo mais novo por um preço muito abaixo do mercado, e é aí que precisamos mudar essa cultura”
alerta o oficial.
Ele reforça a importância de denúncias anônimas pelo telefone 190.
Receptação dolosa e qualificada
O advogado criminalista Gustavo Queiroz explica que a receptação pode ser classificada de duas formas.
“A receptação dolosa acontece quando a investigação policial consegue comprovar que a pessoa sabia que estava adquirindo um produto de crime. Já a receptação qualificada ocorre quando a pessoa, além de saber a origem criminosa do item, ainda o revende”
esclarece.
Para evitar envolvimento nesse tipo de crime, Queiroz alerta: “Desconfie sempre do valor muito abaixo do mercado ao comprar qualquer produto”.
*Com informações de Gustavo Biano/EPTV Campinas
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