A Polícia Federal e o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) realizaram na manhã desta segunda-feira (24) uma operação para desarticular uma organização criminosa especializada em roubo de cargas e caminhões.
Segundo a PF, trata-se de um grupo que agia de forma violenta, cometendo ainda outros tipos de crime, entre eles, desmanche de veículos e lavagem de dinheiro. A organização tinha base em São Paulo, mas agia por todo o país.
A operação chamada “Hammare” mobilizou 110 policiais federais e 100 policiais da Polícia Militar Rodoviária de São Paulo. Foram cumpridos 17 mandados de prisão temporária e 24 mandados de busca e apreensão nos estados de São Paulo, Paraná, Rondônia e Rio Grande do Sul.
Além disso, a Justiça determinou o bloqueio de bens e valores do grupo totalizando R$ 70 milhões. A ação de hoje é coordenada pelo grupo especializado em repressão a crimes de roubos de cargas da PF de Campinas, criado em 2023.
Entenda a operação contra quadrilha de roubo de cargas
As investigações começaram em 2023 após um roubo de carga na cidade de Cajamar. Após diligências e investigações, foi identificada uma organização criminosa voltada a roubo de cargas e caminhões, desmanche e receptação.
Os líderes da quadrilha passaram a usufruir de um elevado estilo de vida com aquisição de Ferrari, Lamborghini, lanchas, jet ski e imóveis de alto padrão em condomínios de luxo, além da presença em camarotes vips de shows e eventos.
A Polícia Federal descobriu que a organização era bem estruturada e dividida em três grupos principais. O primeiro era o de roubo, cujos integrantes eram responsáveis por assaltar caminhões nas estradas, muitas vezes aproveitando momentos em que os motoristas estavam descansando.
O segundo era o de desmanche, no qual os criminosos desmontavam os caminhões roubados e separavam as peças para revenda. Por fim, o terceiro era o de receptação, em que os envolvidos vendiam ilegalmente as peças e os veículos adulterados em oficinas e lojas do setor automotivo.
Ainda de acordo com a PF, os criminosos tinham um esquema sofisticado e até encomendavam roubos especificando o tipo e modelo de veículo que desejavam.
Os roubadores e dois dos receptadores contra os quais já havia provas o suficiente foram presos durante as Operações Aboiz (2023) e Cacaria (2024), deflagradas justamente para encerrar a atividade violenta e permanente de roubos da organização.
“O material apreendido em ambas, mais a análise de dados telemáticos, financeiros e bancários, permitiram a correta identificação dos investigados dos grupos de desmanche e receptação, assim como seus papéis dentro da organização, inclusive os de líderes e financiadores, resultando na Operação de hoje”, afirma a nota da PF.
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