A Polícia Federal deflagrou na manhã desta sexta-feira (17) a oitava fase da operação Lesa Pátria, contra os atos terroristas praticados na Praça dos Três Poderes, em Brasília, em janeiro deste ano. Na região de Campinas, mandados foram cumpridos em Paulínia e Itatiba, e resultaram na prisão de três suspeitos. Segundo a PF, uma mulher foi presa em Paulínia e dois homens detidos em Itatiba. As identidades e os crimes praticados por eles ainda não foram divulgados.
A operação tem objetivo de identificar pessoas que participaram, financiaram, omitiram-se ou fomentaram os fatos ocorridos no dia 8 de janeiro, quando o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o STF (Supremo Tribunal Federal) foram invadidos por vândalos, que promoveram violência e dano generalizado contra os imóveis, móveis e objetos das instituições.
Ao todo, os policiais federais cumprem hoje 46 mandados de busca e apreensão e 32 mandados de prisão preventiva nos estados da Bahia, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Paraná, Rondônia, Rio grande do Sul, São Paulo e no Distrito Federal. No Estado de SP, são 13 mandados de busca e apreensão e 13 de prisão preventiva.
“Os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do estado democrático de direito, golpe de estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido”, informou a Polícia Federal.
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A polícia indica para quem tenha informações sobre a identificação de pessoas que participaram, financiaram ou fomentaram os fatos ocorridos janeiro, encaminhar as denúncias para o e-mail denuncia8janeiro@pf.gov.br.
Segundo informações preliminares, um dos alvos dos mandados de prisão é a mulher flagrada em foto e vídeo pichando a frase “perdeu, mané” na estátua que simboliza a Justiça em frente ao prédio do Supremo Tribunal Federal.
PRESOS
Ontem (16) o STF informou que concluiu a análise das prisões de todos os suspeitos detidos nos dias seguintes aos atos de terrorismo na Esplanada dos Ministérios.
O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, rejeitou os pedidos de liberdade de 86 mulheres e 208 homens que tiveram as condutas consideradas mais gravosas. Com isso, esses 294 suspeitos foram mantidos em prisão preventiva.
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