A Operação “La Casa de Papel” apreendeu eletrônicos e dinheiro em um endereço de Campinas, alvo nesta quarta-feira (19) de um mandado de busca e apreensão. Ele foi um dos mandados cumpridos, sendo que foram expedidos mais de 40 na operação para desarticular um grupo criminoso investigado por um esquema de pirâmide financeira em mais de 80 países.
Os agentes estiveram em um endereço de Campinas, mas o bairro não foi divulgado. No local, policiais federais e funcionários da Receita Federal apreenderam equipamentos eletrônicos e dinheiro.
A ação conjunta, que ainda contou com a Agência Nacional de Mineração, cumpriu seis mandados de prisão preventiva contra os chefes do grupo criminoso e ainda 41 mandados de busca e apreensão em seis estados. Segundo a investigação, que começou em Mato Grosso do Sul, o grupo prometia lucros superiores a 300% ao ano, rendimentos muito acima dos investimentos disponíveis no mercado.
A polícia federal afirma que os envolvidos teriam recebido recursos de R$ 1,3 milhão de investidores em mais de 80 países. O prejuízo estimado é de R$ 4 bilhões. A Justiça determinou o bloqueio no valor de R$ 20 milhões de dólares e o sequestro de dinheiro nas contas bancárias, imóveis de alto padrão, gado, veículos, ouro, joias, artigos de luxo, mina de esmeraldas, lanchas e criptoativos que pertencem aos investigados.
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VIDA LUXUOSA
Segundo a Receita, os investigados ostentam uma vida luxuosa nas redes sociais. Postam imagens de viagens internacionais para Dubai, Cancún e Europa. Mostram veículos importados de altíssimo padrão, ostentam muito ouro, roupas de grifes de altíssimo padrão, pagamento de camarotes de shows e fotos acompanhados com personalidades conhecidas.
De acordo com o órgão, os acusados ainda exibem matérias jornalísticas propagando terem se tornado multimilionários com o negócio e propondo ajudar pessoas a se tornarem milionárias, tudo de modo a buscar atrair mais pessoas para o golpe.
‘LA CASA DE PAPEL’
O nome da operação “La Casa de Papel” foi dado em razão de alguns dos investigados possuírem a nacionalidade espanhola e terem criado ficticiamente o seu próprio banco e a sua própria “casa da moeda”.
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