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CotidianoPerseguição no dia da eleição: morador de Campinas diz que não estava armado, teve casa pichada e sofre ameaças

Perseguição no dia da eleição: morador de Campinas diz que não estava armado, teve casa pichada e sofre ameaças

Aposentado, de 60 anos, registrou termo de declaração na Polícia Civil após chef de cozinha relatar perseguição; entenda o caso

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Idoso diz que casa foi pichada em Barão Geraldo (Foto: Arquivo pessoal)
Idoso diz que casa foi pichada em Barão Geraldo (Foto: Arquivo pessoal)

*Esta matéria foi atualizada às 20h53 do dia 9 de novembro

 

O motorista acusado por uma chef de cozinha de tê-la perseguido e ameaçado, em Campinas, no distrito de Barão Geraldo, procurou a reportagem do acidade on para contar o seu lado da história. O caso aconteceu no domingo, dia 30, após o segundo turno das eleições e o desentendimento ocorreu por uma discórdia política. Os dois têm registros na Polícia Civil, que deve apurar o caso. A matéria sobre o caso foi publicada no portal no último sábado, dia 5, após o registro do caso feito pela chef no 7º Distrito Policial, em Barão Geraldo.

O aposentado de 60 anos diz que, ao contrário do que foi relatado pela chef de cozinha, ele não estava armado e teve sua casa pichada. Ele também alegou que recebe ameaças por conta do seu posicionamento político. As afirmações foram registradas em um Termo de Declaração Policial.

A mulher alega ter sido ameaçada pelo homem que estaria armado, horas depois da divulgação do resultado das eleições. A situação teria acontecido enquanto ela e sua família comemoravam a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas ruas de Campinas. A chef afirmou que estava no carro com os filhos pequenos e a babá gritando o nome do presidente eleito quando o motorista emparelhou o carro e a ameaçou apontando uma arma – confira pronunciamento dela feito nesta quarta-feira abaixo.

 

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Pedaços de garrafas quebradas em frente à residência (Foto: Arquivo pessoal)
Pedaços de garrafas quebradas em frente à residência (Foto: Arquivo pessoal)

 

O OUTRO LADO

Jurandir, que preferiu não ter o nome completo divulgado, diz que tem sofrido há meses com a situação polarizada das eleições e, em especial, com a mulher que o denunciou de perseguição.

“Desde agosto essa senhora passa em frente a minha casa gritando ‘Bolsonaro lixo’, ‘Bolsonarista tem de morrer’, coisas assim”, alegou em seu registro. O idoso ainda afirmou que quebraram garrafas de vidro em frente à sua casa após a vitória do candidato petista. O aposentado admitiu à reportagem que perseguiu o carro da família no dia 30 de outubro, por cerca de 100 a 200 metros. Ele relatou o que teria acontecido no dia 30 de outubro.

“No dia dos fatos, eu estava em Piracicaba, quando próximo às 23h minha filha ligou-me desesperada, (dizendo) que essa mulher a cada 10 minutos descarregava vários alunos da Unicamp na porta da minha casa. Eles estariam forçando o portão, quebrando garrafas e gritando ameaças. Essa senhora estava com o carro parado atravessado no meio da avenida, gritando, xingando e fazendo ameaças. Quando viu que era eu, conhece bem o meu carro, saiu correndo, mas eu a acompanhei por cerca de 100 a 200 metros para anotar a placa e denunciá-la ao 190, o que fiz, e está registrado no meu celular”, relatou ele.

Aposentado conta que tem sofrido ameaças (Foto: Arquivo pessoal)
Aposentado conta que tem sofrido ameaças (Foto: Arquivo pessoal)

 

O aposentado contou também que parou o carro ao lado da mulher. “Mas, mal pude falar algumas palavras, ela continuou fazendo o ‘L’, gritando e xingando e arrancou com o carro. Nove dias depois fui chamado à delegacia para prestar depoimento, pois ela alega que eu apontei uma arma em sua direção. Estávamos na rua lateral de minha casa, a que vai ao Centro Médico. Quem conhece essa rua sabe que é mal iluminada, com árvores em ambos os lados, mesmo se fosse verdade, ela como estava não enxergaria dentro do meu carro”, relatou.

O aposentado prestou o Termo de Declaração no 7º DP (Distrito Policial) de Campinas, onde a chef de cozinha Caroline Oliveira de Lima, de 40 anos, registrou o caso no domingo após as eleições, no dia 30 de outubro – LEIA O RELATO DELA COMPLETO CLICANDO AQUI.

PRONUNCIAMENTO NESTA QUARTA-FEIRA

A chef de cozinha, assim como o aposentado, nega as acusações. Confira o posicionamento da família nesta quarta-feira:

“Em nenhum momento paramos na frente da casa dele no dia da eleição e muito menos levamos alunos da Unicamp  na casa dele e também não interditamos a Avenida Luiz de Tella. E, ao contrário do que ele fala, estávamos com nossos filhos no carro e também a babá, que mora ao lado do Centro Médico.” A chef ainda afirma estar sendo perseguida também pela família do aposentado. “Eles passaram a divulgar o perfil profissional da Carol, afirmando ser a Carol autora dos vandalismos que ele relata”. A família afirmou ainda que irá registrar um novo boletim de ocorrência com as novas ameaças.

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