Um levantamento do núcleo de estudos e pesquisas em alimentação da Unicamp apontou que cinco áreas de Campinas são consideradas “pântanos alimentares”, onde a oferta de alimentos é menos saudável.
De acordo com o estudo da pesquisadora Ana Clara Duran, esses locais são compostos por mercados e restaurantes que possuem mais opções de alimentos ultraprocessados do que legumes, frutas e verduras.
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Entre as 18 regiões administrativas de Campinas, o estudo analisou dados obtidos com a área de segurança alimentar da Prefeitura de Campinas, e a divisão levou em conta a separação que o governo já realiza com as ARs (administrações regionais). Confira a lista de bairros abaixo:
– São Marcos, Santa Mônica e Amarais;
– Jardim Garcia e Jardim Londres;
– São Bernardo e Jardim do Lago;
– Carlos Lourenço, Vila lemos e São Fernando;
– região dos DICs, Recanto do Sol e Campo Belo.
Além disso, os “pântanos alimentares”, onde se identifica maiores taxas de insegurança alimentar e nutricional, também apresentam pior acesso aos serviços de saúde, transporte e áreas de lazer.
“Ele (o pântano) apresenta baixa quantidade ou proporção de estabelecimentos que oferecem produtos que deveriam ser a base alimentar, e tem uma alta quantidade de locais que vendem prioritariamente alimentos ultraprocessados, como bolachas, salgadinhos, comida pronta”, explica Ana Clara.
ALIMENTAÇÃO PRECÁRIA
A dona Ana mora em uma dessas regiões, no Parque Oziel. Em uma família de sete pessoas vindas do Maranhão, todos vivem num espaço pequeno, sem asfalto e com esgoto a céu aberto.
Neste lar, a realidade é precária e não há dinheiro para nada além do básico quando o assunto é alimentação.
“A gente compra o básico. O dinheiro não dá para comprar verdura, fruta. Eu sei que uma alimentação saudável não é só arroz, feijão e carne, tem que ter variação. Mas o dinheiro não dá”, comenta Ana da Costa Oliveira.
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