Pesquisadores da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) desenvolveram um sensor eletroquímico que é capaz de detectar a doença de Parkinson em diferentes estágios. Fabricado em uma impressora 3D comum, o dispositivo ainda é de baixo custo.
O dispositivo detecta Parkinson inicial em amostras biológicas e, para que fosse feito, os pesquisadores imprimiram todos os componentes de uma célula eletroquímica, usando um polímero biodegradável como condutor.
De acordo com um artigo publicado na revista “Sensors and Actuators B: Chemical”, o sensor faz com que seja possível o tratamento precoce. Além disso, ele também funciona como modelo para a identificação de outras doenças.
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“Dificilmente um paciente vai a uma consulta médica em busca de um exame de rotina para detectar Parkinson em estágio inicial – quando há suspeita, provavelmente sintomas físicos e comportamentais já se manifestaram e a doença já está bem estabelecida”, afirma Juliano Alves Bonacin, professor do IQ-Unicamp (Departamento de Química Inorgânica do Instituto de Química da Unicamp) e supervisor do estudo.
“Nossa ideia foi construir um dispositivo muito simples e muito barato que permitisse o monitoramento ao longo do tempo e acendesse um alerta para médicos e pacientes”, completou Bonacin.
Segundo os pesquisadores do estudo, o sensor é importante como prova da versatilidade da impressão 3D como plataforma de imobilização de biomoléculas. A criação também abre portas para o diagnóstico de doenças como diabetes tipo 2, infertilidade e alguns tipos de câncer.
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