A PF (Polícia Federal) prendeu nesta segunda-feira (19) em São Paulo mais um integrante da quadrilha que enviava skunk, conhecida como “supermaconha”, da região Norte para o Sul do país. O transporte era feito usando o Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas, como ponto de conexão. Esta é a segunda prisão cumprida desde a operação, realizada no dia 15 (veja abaixo).
De acordo com a PF, o suspeito que foi preso na Rodovia Raposo Tavares (SP-270) por volta das 15h tinha a função de aliciar diversos transportadores de droga e também era responsável pela articulação com os recebedores da droga em Joinville, em Santa Catarina. “O preso desta data é um dos principais membros da associação criminosa”, informou o comunicado oficial do órgão.
Na última sexta (16), os policiais federais prenderam em Manaus, no Amazonas, um suspeito que atuava como transportador rotineiro de drogas. Ele também era alvo da Operação “Campinas Connection”, que cumpriu na quinta-feira (15) seis mandados de prisão temporária e nove de busca e apreensão em várias cidades do país. Agora, segundo a PF, não há mais mandados em aberto.
“No dia da operação, dois investigados foram presos em razão do cumprimento de mandados de prisão em flagrante e duas outras pessoas foram presas em flagrante delito por posse de drogas. Na sexta-feira, mais um dos investigados foi preso em cumprimento a mais um dos mandados de prisão temporária. Nesta data, este quarto mandado foi cumprido em São Paulo”, informou.
O PRESO DE HOJE
A prisão foi cumprida por uma equipe da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) da PM (Polícia Militar). De acordo com a investigação, foi constatado que o suspeito já havia sido preso em 2014, também pelo crime de tráfico de drogas, na cidade de São Paulo, “tendo sido sentenciado a uma pena de 10 anos de reclusão, sendo que permaneceu em regime fechado até o ano de 2019”.
“Solto, em 2022 na cidade de Manaus foi preso novamente em flagrante pelo crime de tráfico de drogas e associação ao tráfico. Mais uma vez em liberdade, passou a articular a associação criminosa investigada pela Polícia Federal na Operação Campinas Connection, até ser preso nesta data, sendo encaminhado para a Superintendência Regional da Polícia Federal em São Paulo”, disse a PF.
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A INVESTIGAÇÃO
Segundo a Polícia Federal, após a prisão de um passageiro com drogas em Viracopos a análise de dados da ocorrência revelou uma consistente rota de tráfico de skunk do Norte para o Sul do país, usando voos de Manaus, com conexão em Viracopos e destino final em Joinville. A investigação do órgão também identificou uma “associação criminosa altamente estruturada”.
“Somente um dos investigados movimentou quase um milhão de reais em apenas quatro meses, não havendo atividade registrada que dê sustentação às operações de crédito e débito em suas contas bancárias”, informou a polícia.
Com isso, a operação foi articulada com a intenção de colher provas contra os investigados que, de alguma forma, se relacionaram com as atividades ilícitas do grupo, seja no apoio logístico, financeiro ou operacional, para identificar a os responsáveis por comandar a quadrilha e os que apoiam os traficantes.
“Os investigados, até este momento da investigação, responderão pelos crimes de tráfico de drogas interestadual e associação para o tráfico, cuja soma das penas podem chegar a 35 anos de prisão”, completou a PF. O nome da operação, “Operação Campinas Connection “ é uma referência, em inglês, à rota criada pela associação criminosa para escoar a droga do Norte para o Sul do país.
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