A Polícia Federal e o Ministério Público Federal deflagraram na manhã desta quarta-feira (7) uma operação para desarticular um esquema que enviava drogas para a Europa, por meio de voos internacionais. Ao todo, foram cumpridos 21 mandados nas cidades de Campinas, São Paulo, Rio de Janeiro, Niterói (RJ) e Salvador (BA).
As investigações apontaram que a associação criminosa ainda teria praticado lavagem de dinheiro, na ordem de R$ 10 milhões.
Os mandados estão sendo cumpridos em residências e empresas dos investigados, além de casas de câmbio e escritório de advocacia. As medidas judiciais incluem bloqueio de bens, entrega de passaporte e proibição de saída do país para os investigados, que incluem empresários, doleiros, um advogado e um gerente bancário.
Entenda operação contra esquema que movimentou R$ 10 milhões
A operação, chamada Tropeiros II, é um desdobramento de ação anterior deflagrada em novembro de 2022. A ação de hoje decorre da análise de dados obtidos a partir do material arrecadado na primeira fase, além da quebra de sigilo bancário.
A organização criminosa investigada operava com foco na remessa de drogas – principalmente cocaína – para a Europa, por meio de “mulas” cooptadas pelos criminosos.
Após a cooptação das “mulas”, os integrantes do grupo entregavam as drogas por eles adquiridas, as quais eram remetidas para o exterior por meio de malas e mochilas especialmente preparadas para ocultar as substâncias ilícitas transportadas. Ao chegarem no exterior, as “mulas” entregavam os entorpecentes para os contatos indicados pela associação criminosa, os quais se tornavam responsáveis pela venda.
O aprofundamento das apurações indicou que a associação criminosa investigada possuía mais integrantes, assim como revelou indícios de movimentações financeiras ligadas à prática de lavagem de dinheiro na ordem dos R$ 10 milhões.
A investigação foi iniciada após a prisão de uma jovem com 3,2 kg de cocaína no aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro. A mulher, natural da capital carioca, pretendia embarcar em voo com destino à cidade portuguesa de Horta, de onde a droga seria distribuída pela Europa.
Os investigados poderão responder pelos crimes de lavagem de dinheiro, associação criminosa e tráfico transnacional de drogas, cujas penas somadas podem chegar aos 35 anos de reclusão.
O nome “Tropeiros” faz referência aos indivíduos que transportavam gado, mercadorias, alimentos e outras cargas entre diferentes regiões do Brasil, em alusão à prática dos criminosos de enviar drogas para a Europa através de “mulas”, pessoas angariadas pela associação criminosa para fazer o transporte do entorpecente, com o direcionamento e monitoramento em tempo real dos seus passos através de aplicativos de celular.
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