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CotidianoPF prende em Paulínia mulher apontada por pichar "perdeu, mané" em estátua da Justiça

PF prende em Paulínia mulher apontada por pichar “perdeu, mané” em estátua da Justiça

Mulher detida hoje na região foi apontada como vândala responsável por pichação na estátua da Justiça durante ato golpista

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A estátua da Justiça pichada em 8 de janeiro (Foto: Joedson Alves/Agência Brasil)
A estátua da Justiça pichada em 8 de janeiro (Foto: Joedson Alves/Agência Brasil)

A mulher detida pela Polícia Federal na manhã desta sexta-feira (17) em Paulínia, foi apontada como a responsável por pichar, em janeiro deste ano, a estátua da Justiça localizada em frente ao Supremo Tribunal com a frase ‘perdeu, mané’. 

A detida foi identificada como Débora Santos. A inscrição fazia referência à resposta do ministro Luís Roberto Barroso a bolsonaristas que o hostilizaram durante viagem aos Estados Unidos. Além dela, outros dois homens foram presos em Itatiba, na RMC (Região Metropolitana de Campinas). O homem que furtou bola autografada por Neymar durante atos golpistas também foi preso, em Sorocaba.

A OPERAÇÃO

As prisões na região aconteceram durante a oitava fase da operação Lesa Pátria, deflagrada hoje pela Polícia Federal, e que apura  os atos terroristas praticados na Praça dos Três Poderes, em Brasília, uma semana após a posse do presidente Lula (PT). 

A operação tem objetivo de identificar pessoas que participaram, financiaram, omitiram-se ou fomentaram os fatos ocorridos no dia 8 de janeiro, quando o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o STF (Supremo Tribunal Federal) foram invadidos por vândalos, que promoveram violência e dano generalizado contra os imóveis, móveis e objetos das instituições.

Ao todo, os policiais federais cumprem hoje 46 mandados de busca e apreensão e 32 mandados de prisão preventiva nos estados da Bahia, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Paraná, Rondônia, Rio grande do Sul, São Paulo e no Distrito Federal. No Estado de SP, são 13 mandados de busca e apreensão e 13 de prisão preventiva.

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“Os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do estado democrático de direito, golpe de estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido”, informou a Polícia Federal.

A polícia indica para quem tenha informações sobre a identificação de pessoas que participaram, financiaram ou fomentaram os fatos ocorridos janeiro, encaminhar as denúncias para o e-mail denuncia8janeiro@pf.gov.br.

PRESOS

Ontem (16) o STF informou que concluiu a análise das prisões de todos os suspeitos detidos nos dias seguintes aos atos de terrorismo na Esplanada dos Ministérios.

O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, rejeitou os pedidos de liberdade de 86 mulheres e 208 homens que tiveram as condutas consideradas mais gravosas. Com isso, esses 294 suspeitos foram mantidos em prisão preventiva.

RELEMBRE AS FASES DA OPERAÇÃO

A primeira fase da Operação Lesa Pátria, no dia 20 de janeiro, prendeu cinco suspeitos de participação, incitação e financiamento nos atos golpistas. Entre eles ‘Ramiro dos Caminhoneiros’, Randolfo Antonio Dias, Renan Silva Sena e Soraia Baccio.

Na segunda etapa da força-tarefa, policiais prenderam, em Uberlândia (MG), o extremista Antônio Cláudio Alves Ferreira, filmado destruindo um relógio histórico no Palácio do Planalto.

A terceira fase da operação prendeu cinco pessoas, incluindo a idosa Maria de Fátima Mendonça, de 67 anos, que viralizou ao dizer em um vídeo que ia ‘pegar o Xandão’. O sobrinho do ex-presidente Jair Bolsonaro, conhecido como Léo Índio, foi alvo de buscas na mesma etapa.

No dia 3 de fevereiro, a PF abriu a quarta fase ostensiva da investigação e prendeu o empresário conhecido como Márcio Furacão, que se filmou ao participar da invasão ao Palácio do Planalto, e o sargento da Polícia Militar William Ferreira da Silva, conhecido como ‘Homem do Tempo’, que fez vídeos subindo a rampa do Congresso Nacional e dentro do STF.

Na quinta etapa da operação, quatro oficiais da Polícia Militar do Distrito Federal foram presos suspeitos de convivência com os bolsonaristas radicais que invadiram os prédios do Planalto, Congresso e STF. Um deles é o coronel Jorge Eduardo Naime Barreto, que era chefe do Departamento Operacional da corporação, setor responsável pelo planejamento da operação de segurança para o 8 de janeiro. Ele estava de licença no dia do ataque e foi afastado do cargo pelo então interventor federal Ricardo Cappelli.

A sexta fase da ofensiva foi aberta no último dia 14 e prendeu preventivamente seis radicais, além de vasculhar 13 endereços de Goiás, Minas Gerais, Paraná, Sergipe e São Paulo.

A sétima fase foi no dia 7 de março e prendeu três radicais: Edmar Miguel, o ‘Miguel da Laranja’ que se filmou subindo no teto do Congresso nacional durante a ofensiva antidemocrática; Kennedy de Oliveira Alves, que fez um vídeo enquanto invadia o prédio do Supremo Tribunal Federal; e a Aline Cristina Monteiro Roque, que também se gravou invadindo a Praça dos Três Poderes durante os atos golpistas.

 

(Com informações de Agência Estado)
 

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