Com informações de Jonatan Morel/ EPTV Campinas
Os dois cães da raça pit bull, que atacaram oito pessoas, em Jaguariúna, estão passando por uma ressocialização no Centro de Zoonoses, em parceira com uma faculdade de veterinária da cidade.
Os casos ocorreram em 31 de maio e 1° de junho. Na época, o tutor dos dois cães chegou a ser preso em flagrante pela polícia. Nos dois ataques, os cães estavam soltos e andando pelas ruas da cidade quando feriram pessoas que caminhavam pelas ruas. Em depoimento, o tutor teria alegado que os cachorros conseguiram abrir o portão e saído da casa onde viviam (leia mais aqui).
Animais foram recolhidos
Após os ataques, os cães chamados Apolo e Boni, foram recolhidos pela Zoonoses e estão passando pelo serviço de acolhimento e treinamento. Durante esse período já foi possível ver os primeiros resultados dos adestramentos.
Segundo Paulo Costa, médico veterinário comportamental, que está treinando os cães, eles estão passando por treinamento de técnicas de rotina de ressocialização para criar um elo de confiança entre o animal e o treinador. Ele explicou que esse é um dos primeiros resultados já observado em Apolo. O cão já conseguiu entender a hierarquia estabelecida pelo profissional.
Ele explicou que cada cachorro é um animal diferente, e por isso é preciso utilizar técnicas alternativas e especifica para cada um e, por isso, o treinamento leva mais tempo. “O cachorro nunca está pronto, sempre vamos lapidando ele com o tempo. Nós falamos que um programa de habilitação bem feito leva em torno de seis meses”, disse.
De acordo com Ana Cláudia Bengezen, médica veterinária da universidade, a raça pit bull é muito delicada e requer muito cuidados com a introdução dele em ambientes diferentes.
“É preciso ser avaliado como o cachorro se comporta, como o animal vai receber o tutor. Também quando for passear em vias públicas, é preciso ser uma pessoa maior de 18 anos, e andar com uma focinheira e guia adequada para o passeio. É preciso ter uma responsabilidade em cima desse animal”, disse.
Segundo o juiz que está acompanhando o caso, os animais só voltaram à posse do tutor quando eles tiverem condições de mantê-los presos. Enquanto isso, os cães permanecerão no centro com atividades físicas e de ressocialização.
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