*Esta matéria foi atualizada às 9h12 do dia 25 de novembro
Após uma decisão do TJM-SP (Tribunal de Justiça Militar do estado de São Paulo), 11 policiais militares foram presos preventivamente em Campinas suspeitos de uma série de crimes.
Entre eles, conforme o juiz Ronaldo João Roth, “causar a morte de inocentes apenas com a intenção de satisfazer o desejo pessoal de liquidar pessoas, coagir testemunhas e fraudar locais de crime”.
Para Roth, a prisão preventiva é necessária devido à periculosidade do grupo e para evitar danos às investigações. “Na condição de policiais militares, se afastaram de seu dever funcional, quando ameaçam, interceptam ilegalmente civis, inovam locais de crime, e se integram a grupo avesso à autoridade e à disciplina militar”, diz o texto dele.
A decisão resultou na operação da Corregedoria da PM na terça (23) e os investigados tiveram a prisão mantida após audiência de custódia nesta quarta (24). Eles foram levados ao Presídio Militar Romão Gomes.
De acordo com o 2º promotor de Justiça Militar Edson Correa Batista, ao menos dois homicídios teriam elo com o grupo. Ele também explica que os policiais são de dois batalhões do município.
ETAPAS
Batista explica que os autos do processo retornaram para a Corregedoria, que terá 20 dias para concluir as investigações e fornecer um relatório sobre os fatos e a participação dos policiais.
“Depois da conclusão da investigação, eu avalio se ofereço a denúncia, peço o arquivamento ou posso até mesmo pedir novas diligências. Os presos são dos dois batalhões”, reforçou ele.
NOTA DA SSP
Na manhã desta quinta-feira (25), a SSP (Secretaria da Segurança Pública) de São Paulo emitiu nota oficial dizendo que “não compactua com desvios de conduta de seus agentes e defende a rigorosa investigação de toda e qualquer denúncia contra eles”.
Além disso, a pasta informou que “as prisões realizadas ontem, em Campinas, são resultado de um trabalho da própria corregedoria da Polícia Militar que, diante da suspeita de irregularidades envolvendo policias da instituição, instaurou um inquérito policial militar e remeteu à Justiça Militar”.