A Polícia Civil de Campinas abriu inquérito nesta terça-feira (22) para investigar a morte do estudante indígena Jorge Figueiredo Alves, de 25 anos. O jovem foi atropelado na Rodovia D. Pedro I (SP-065) no último sábado (19) e o motorista do veículo fugiu do local do acidente.
Aluno da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), ele cursava Educação Física e ingressou na universidade por meio do Vestibular Indígena em 2021. “Manifestamos nossos sentimentos a familiares, colegas e amigos”, disse a universidade em uma nota de pesar.
Jorge era da etnia Dessana e nasceu em São Gabriel da Cachoeira, no Amazonas. Segundo a Polícia Civil, um boletim de ocorrência foi registrado no 4º DP (Distrito Policial), no Taquaral.
O corpo do jovem, que foi encontrado no canteiro da rodovia, sofreu um politrauma e já foi liberado para a família. Agora, a polícia busca imagens e testemunhas para entender como foi a dinâmica do acidente.
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AJUDA PARA LEVAR O CORPO
O DCE (Diretório Central de Estudantes) da Unicamp organizou uma “vakinha” para ajudar a família de Jorge em sua vinda a Campinas, por conta dos gastos funerários. O rapaz é o sétimo de nove irmãos.
A campanha de arrecadação contou com apoio da APG (Associação de Pós-Graduandos).
Segundo a associação, foi arrecadado R$ 6 mil para ajudar a família com custos de alimentação, estadia e transporte. O transporte do corpo, segundo a APG, também contou com apoio da Unicamp.
O corpo do estudante deveria chegar nesta tarde a São Gabriel da Cachoeira, para rituais funerários.
UNICAMP
Em nota oficial, a Reitoria da Unicamp expressou “seu profundo pesar pelo falecimento do estudante Jorge Figueiredo Alves no dia 19 de fevereiro. Nascido em São Gabriel da Cachoeira, no estado do Amazonas, e pertencente à etnia Dessana, Jorge tinha 22 anos e ingressou em 2021 no curso de Educação Física pelo Vestibular Indígena. Manifestamos nossos sentimentos aos familiares, colegas e amigos”.
A Unicamp disse ainda que “deu todo o apoio necessário para a agilização dos trâmites legais, como contratação de empresa funerária, traslados aéreo e fluvial e compra de passagens aéreas aos familiares”.
A Universidade salientou também “que está prestando todo apoio à família e prestará suporte às autoridades policiais, caso isso seja solicitado”.