A Polícia Civil de Hortolândia ouviu nesta quinta-feira (15) amigos de Jonas Lucas Alves Dias, de 55 anos, ganhador da Mega-Sena morto em Hortolândia. De acordo com a delegada Juliana Ricci, uma das responsáveis pelo caso, os amigos são do núcleo familiar da vítima e, por isso, foram ouvidos para entender as relações pessoais dele. Ainda segundo ela, Jonas Lucas não alterou em nada a vida após ganhar o prêmio de R$ 47,1 milhões, em 2020.
“Ele não alterou em nada a vida dele. Continuou morando em Hortolândia, com o mesmo grupo de amigos”, disse ela. A delegada afirmou ainda que trabalha com três linhas de investigação: latrocínio, extorsão seguida de morte ou homicídio. Juliana Ricci concedeu entrevista no final da tarde de hoje, um dia depois de Jonas Lucas Alves Dias ser encontrado com sinais de espancamento às margens da Rodovia dos Bandeirantes (SP-348).
A investigação ainda está em fase inicial, de acordo com a polícia, e há muitas questões a serem esclarecidas. Além de ouvir amigos de Jonas, o celular dele também foi apreendido. A delegada Juliana Ricci afirmou que ele não tem pai ou mãe vivos, e também não tinha relação afetiva ou filho.
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A equipe também está analisando as imagens de câmeras de segurança do caminho que a vítima fez com os suspeitos, mas este material não foi divulgado para não prejudicar a investigação. Outra linha de investigação é se a vítima tinha ligação com uma empresa aberta em 2021 com o nome dele em Hortolândia. Os sócios dessa empresa também foram ouvidos.
CONTAS BANCÁRIAS
A polícia tem também as informações das duas contas bancárias que os suspeitos usaram, a que receberia os R$ 3 milhões é de uma pessoa jurídica. Já a que recebeu a transferência via PIX é de uma pessoa física.
Além disso, a equipe recebeu as imagens dele sacando o dinheiro presencialmente na agência bancária e do local onde ele foi deixado. Mas, até o momento, não tem o momento que ele é deixado. Apenas o resgate dele.
O caso foi registrado como extorsão seguida de morte e é investigado pela delegacia de Hortolândia, com apoio da Deic (Divisão Especializada de Investigações Criminais) de Piracicaba.
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