A Polícia Civil solicitou a quebra de sigilo bancário e telefônico do milionário assassinado em Hortolândia, segundo informou a delegada responsável pelo caso, Juliana Ricci, durante uma coletiva de imprensa nesta sexta-feira (16). “É claro que as transações bancárias são muito importantes para nós. O que eu posso dizer é que nós já pedimos as quebras de sigilo necessárias para que a gente tenha êxito em identificar isso“, afirmou a delegada.
Jonas Lucas Alves Dias, de 55 anos, foi encontrado morto com sinais de espancamento às margens da Rodovia dos Bandeirantes (SP-348) no dia 14 de setembro. Ele ganhou R$ 47,1 milhões na loteria em 2020 e a investigação preliminar acredita que o dinheiro tenha sido o motivo do crime. Ao todo, os criminosos conseguiram roubar cerca de R$ 20 mil da vítima.
De acordo com Ricci, o contato com a gerente da agência bancária para a transferência do dinheiro da vítima aconteceu por meio do aplicativo WhatsApp, e não por ligação. Ainda segundo as investigações, a vítima não chegou a entrar no banco, uma vez que os responsáveis pelo sequestro roubaram seus cartões e fizeram os depósitos bancários.
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O caso ainda não tem possíveis suspeitos e aguarda pelo envio das informações bancárias. Até o momento, ninguém foi preso pelo crime.
ROTINA DA VÍTIMA
A delegada ainda explicou que a vítima foi sequestrada a cerca de 100 metros de sua residência e que os criminosos conheciam a sua rotina. “Os autores conheciam toda a rotina da vítima. Eles tinham conhecimento dos hábitos da vítima, que saía todas as manhãs, ia até os locais próximos, comprava pão e retornava para a residência. Nós trabalhamos com a hipótese de que tinham, sim, conhecimento da rotina da vítima”, relatou.
Sobre o sequestro, as investigações ainda buscam apurar quantos carros foram utilizados, mas já foi confirmada a participação de um carro na ação. “Ela (a vítima) foi arrebatada por uma pessoa que não estava a pé, e sim por um veículo automotor”, disse Ricci. Ao todo, oito pessoas já prestaram depoimento. O núcleo familiar da vítima é composto apenas por dois irmãos e pouquíssimos amigos, que já foram ouvidos, segundo informou a delegada.
IMPRÉSTIMO NEGADO
A Polícia Civil ainda confirmou que a vítima negou um pedido de empréstimo recentemente, e que a solicitação não havia sido feita por amigos ou familiares. Jonas não era casado e não tinha filhos. “Não era a um amigo próximo ou parente”, finaliza a delegada.
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