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CotidianoPolícia tenta identificar atirador que matou duas pessoas em Piracicaba

Polícia tenta identificar atirador que matou duas pessoas em Piracicaba

Polícia Civil recebe relatos sobre possíveis falhas nas revistas e nos primeiros socorros das vítimas; veja detalhes do caso e posicionamento da organização

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A delegada Juliana Ricci é a responsável pela investigação do caso em Piracicaba (Foto: Reprodução/EPTV Campinas)
A delegada Juliana Ricci é a responsável pela investigação do caso em Piracicaba (Foto: Reprodução/EPTV Campinas)

A Deic (Divisão Especializada de Investigações Criminais) de Piracicaba tenta identificar o autor dos disparos que mataram duas pessoas e feriram outras duas em um show sertanejo na madrugada de domingo (20). Na manhã desta segunda-feira (21), a delegada responsável pelo caso, Juliana Ricci, disse não ter novidades sobre o caso. Durante a tarde, ela deve conceder entrevista coletiva.

Até a manhã de hoje, conforme a apuração da EPTV Campinas, eram aguardados os laudos do IML (Instituto Médico Legal) e da perícia para saber qual arma foi usada, quantos disparos foram feitos e qual a intenção do atirador.

Os disparos foram feitos após uma confusão durante a apresentação da dupla Hugo & Guilherme, no distrito Unileste. Ao todo, quatro pessoas foram atingidas pelos tiros. Uma mulher de 23 anos e um homem de 26 não resistiram aos ferimentos. Dois homens ficaram feridos e um deles continua internado.

VÍTIMAS E FERIDOS

As imagens feitas por pessoas que estavam no show mostram a jovem Heloise Magalhães Capatto baleada no chão e alguém tentando reanimá-la. A estudante de Odontologia morreu no local. Em sinal de respeito, a Faculdade de Odontologia de Piracicaba, da Unicamp, decretou luto oficial de três dias.

Os disparos também atingiram Leonardo Victor Cardozo de vinte, que também morreu no espaço da apresentação. De acordo com o boletim de ocorrência, a confusão começou depois de um desentendimento de um casal. Leonardo teria tentando evitar a briga quando o autor dos disparos sacou a arma.

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Outros dois homens também foram baleados. Um deles levou um tiro atrás da cabeça e continua internado. O outro, foi ferido de raspão e narrou os momentos de tensão vividos por ele e pelo público durante a confusão e os tiros.

“Eu só ouvi o povo correndo, fui correr, senti que queimou e saí andando pra sair de lá né? O meu caso, felizmente, foi de raspão”, desabafa a vítima ferida.

 

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FALHA NA REVISTA?

Em relato feito à EPTV Campinas, os irmãos Márcia Mazzero e Luis Gustavo dos Santos, que estavam no evento, detalharam que houve falha na revista antes da apresentação. Além disso, contaram como foi a correria logo após os disparos e dizem não ter visto saídas de emergência, ou equipes socorrendo as vítimas.

“Não revistou. Só olhou e liberou. Minha amiga estava com uma bolsa e eles nem pediram pra abrir”, detalha Márcia.  Já o jovem diz que passou por uma verificação rápida. “Só apertaram o meu bolso. Eu estava com celular e chave nas mãos. Eles apertaram meu bolso e mandaram entrar”, afirma Luis Gustavo.

A Polícia Civil confirma que o mesmo relato foi feito por outros frequentadores e diz não ter detalhes até o momento sobre como era feita a segurança no local.

Márcia e Luis Gustavo contam ainda que, quando ouviram os disparos, ninguém entendeu o que acontecia. Até que começou uma correria. A mulher também alega que viu as vítimas que foram atingidas caídas no chão e que os primeiros socorros foram feitos pelos próprios frequentadores do show.

“Não tinha saída de emergência. Haviam duas partes de saída. Aí todo mundo saiu correndo e a gente ficou no canto, porque foi onde a gente se sentiu mais seguro até melhorar a ‘muvuca’. Quem estava socorrendo as pessoas feridas era o público, porque não tinha preparo”, diz a testemunha à EPTV Campinas.

O QUE DIZ A EMPRESA

A Burn19 Produções, empresa organizadora do evento, emitiu um comunicado sobre o caso. “A organização do evento presta toda a solidariedade às vítimas deste terrível episódio, se colocando à disposição das autoridades, e ainda está aguardando apuração da Polícia Civil e Polícia Militar para poder se posicionar com mais informações do ocorrido”, disse em nota.

A empresa também informou que a festa contava com documentos legais e alvará para funcionamento, e que no local do evento também teve revista pessoal e seguranças particulares, além de atendimento ambulatorial.

“Vale ressaltar que a festa contava com todos os documentos legais e alvará para estar acontecendo. No local do evento, também teve revista pessoal e seguranças particulares, além de atendimento ambulatorial, assim como aconteceu na primeira edição do evento, que ocorreu no mês de março deste ano”, finaliza a nota.

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