A Ponte Preta venceu o Novorizontino neste sábado (8) e é a campeã da Série A2 do Paulistão 2023. Com jogo terminando em zero a zero, a decisão no Estádio Moisés Lucarelli foi para os pênaltis, e Macaca conseguiu a posse da Taça Pelé. Como esperado, o Majestoso esteve lotado e registrou recorde de público na competição com 17.094 torcedores.
O título, conquistado nos pênaltis em Campinas, quebrou um jejum de 54 anos sem a Macaca ser campeã, já que a última conquista de expressão do time alvinegro ocorreu em 1969 na Primeira Divisão do Campeonato Paulista (hoje equivalente à atual Série A2).
Durante os últimos 54 anos de jejum, a Macaca ergueu a taça de campeonatos de menor expressão, como o Troféu do Interior em quatro oportunidades, além da Taça dos Invictos e o Troféu Brasil 500 anos.
Além dos troféus e medalhas, a Ponte recebe um prêmio de R$ 280 mil, além de um carro da marca KIA avaliado em torno de R$ 150 mil. O vice ficou com R$ 200 mil.
CAMPANHA
A final da competição aconteceu em Campinas, já que a Ponte teve a melhor campanha das fases anteriores, com somente uma derrota em 15 jogos disputados A equipe ainda contou com bom retrospecto jogando como mandante: em 10 jogos, saiu vitoriosa em oito e empatou em duas oportunidades.
HISTÓRICO
Essa foi a primeira vez que o time de Campinas passa pela Série A2 neste século. A última passagem havia sido em 1999, quando conquistou o acesso à elite, onde se manteve por mais de duas décadas.
A Ponte Preta também reverteu o resultado negativo da última vez em que enfrentou o Novorizontino em uma disputa de título, quando foi superado pelo time de Novo Horizonte pelo Troféu do Interior de 2021.
Os dois finalistas garantiram acesso elite estadual em 2024, ficando com as vagas deixadas pelos rebaixados São Bento e Ferroviária. Os dois rivais, rebaixados em 2022, realmente foram os donos das melhores campanhas na atual temporada, chegando à decisão com 46 (Ponte Preta) e 39 pontos (Novorizontino).
O JOGO
Cercado por um clima de tensão e expectativa, este jogo final foi de muitos estudos no primeiro tempo nenhum dos dois times se atirou ao ataque, embora a Ponte Preta tivesse maior posse de bola. Mesmo assim, pouco conseguiu fazer diante da forte marcação do Novorizontino.
No segundo tempo, a Ponte voltou pressionando. Aos dois minutos, Matheus Jesus invadiu a área pelo lado direito, após passe de Elvis, e bateu cruzado, porém, para fora. Após os sustos, o Novorizontino teve sua melhor chance de gol nos pés de Rômulo, que tabelou com Aylon e saiu na frente do goleiro Caíque França. O toque saiu fraco, a bola quicou duas vezes e tirou tinta da trave direita.
Mas a Ponte Preta continuou melhor e quase abriu o placar aos 16 minutos, quando Felipe Amaral chutou da quina da área e Georgemy saltou alto pra espalmar a escanteio. Aos 24 minutos,a Ponte Preta balançou as redes com Weverton, mas o lance foi anulado por impedimento, bastante difícil de ser visto. Mas o visitante também aproveitava bem estes espaços para tentar os contra-ataques e só não fez o gol aos 28 minutos porque Weverton, em cima da linha, aliviou o chute rasteiro de Reverson.
Depois destes dois lances perigosos, um para cada lado, os times ‘tiraram o pé’ e pararam de arriscar. O jogo caminhou para a definição nos pênaltis. Mas o último suspiro aconteceu aos 48 minutos, quando Cássio Gabriel desviou e cabeça e a bola saiu do lado da trave esquerda de Georgemy, tirando da torcida o esperado grito de gol.
Na decisão por pênaltis, o goleiro da Ponte Preta, Caíque França, defendeu três cobranças – Ronaldo, César Martins e Léo Tocantins – contra duas defesas de Georgemy – Matheus Jesus e Junior Tavares. Marcaram pra o Novorizontino, Ricardinho e Marlon, enquanto para a Ponte Preta acertaram Cássio Gabriel, Ramon Carvalho e Elvis.
(Com informações da Federação Paulista de Futebol)