Um homem foi preso nesta sexta-feira (6), em Campinas, por suspeita de criar, vender e exportar animais da fauna silvestre. Durante a Operação “Arachne”, a Polícia Federal e o Ibama encontraram na residência do suspeito, no Residencial Novo Mundo, uma mega estrutura e mais de 400 animais exóticos. Destes, 340 são aranhas caranguejeiras nativas.
Os animais foram apreendidos e alguns foram levados para o Instituto Butantã, na capital paulista – saiba mais abaixo.
Por que homem mantinha 340 aranhas caranguejeiras e outros animais em casa?
O suspeito tinha alto interesse no assunto envolvendo animais exóticos. Segundo a Polícia Federal e o Ibama, ele aprendeu fazer a reprodução dos animais em cativeiro, alegando que seria um hobbie.
O investigado agora vai responder pelo crime de venda e exportação de animal da fauna silvestre sem a devida licença.
Ele prestou depoimento na sede da Polícia Federal, em Campinas, e foi decidido que irá assinar um termo circunstanciado de ocorrência, modalidade de documento para crimes que não são tão graves. Dessa forma, o suspeito vai pagar fiança e será liberado.
Mas, também deverá pagar as multas aplicadas pelo Ibama em processo administrativo, que podem passar de R$ 200 mil.
Entenda a investigação
A investigação teve início em outubro do ano passado, depois que uma encomenda com destino a Alemanha foi retida em um dos centros de distribuição dos Correios, na Região Metropolitana de São Paulo. Foram encontradas 73 aranhas dentro do pacote.
A exportação dos animais aconteceria sem a devida licença da autoridade ambiental e em condições degradantes aos animais – que foram colocados em uma caixa de papelão pequena e sem alimento. Essas aranhas foram resgatadas e levadas para o Ibama.
Dando continuidade às investigações, hoje (6) os agentes cumpriram o mandado de busca e apreensão contra o suspeito em Campinas. Na casa dele, no Residencial Novo Mundo, a polícia encontrou uma mega estrutura e mais de 400 animais exóticos. Destes, 340 são aranhas caranguejeiras nativas.
Havia aranhas de variados tamanhos, algumas com cores que chamam a atenção pela beleza. A maioria tem informações escritas na embalagem, em que o suspeito que as criava em cativeiro identificava se eram fêmeas ou machos e escrevia datas para controle.
“Ele mantinha em caixas plásticas, em sua maioria, ou em terrários de vidro. Tinha também uma estrutura para criação de animais para serem utilizados como alimento, como pequenos roedores, insetos, como baratas silvestres exóticos, besouros e larvas… Então, tinha essa estrutura também de criação para alimentação desses animais”, comenta Eloi Venturini, analista ambiental do Ibama.
A operação apreendeu ainda outros animais: escorpiões, centopeias, um lagarto exótico e um papagaio.
Para onde vão os animais?
Todas as aranhas e outros animais exóticos vão para o Instituto Butantã, na capital, especializado em pesquisas. Os animais que podem ser reintroduzidos na natureza vão ser enviados aos centros de reabilitação de animais silvestres do estado de São Paulo.
O analista ambiental do Ibama destaca para que as pessoas não criem fauna silvestre, seja nativa ou exótica.
“Essa atividade de criação ela depende não só de autorização das autoridades ambientais, mas como de capacidade técnica e conhecimento. É um risco muito grande, não só para a natureza, da questão da exploração, da coleta, da captura irregular, para causar desequilíbrio ecológico, mas também é um risco do ponto de vista de zoonoses, para transmissão de doenças”, destaca.
*Com informações de Jorge Talmon/EPTV Campinas
Quer ficar ligado em tudo o que rola em Campinas? Siga o perfil do acidade on Campinas no Instagram e também no Facebook.
Receba notícias do acidade on Campinas no WhatsApp e fique por dentro de tudo! Basta acessar o link aqui!
Faça uma denúncia ou sugira uma reportagem sobre Campinas e região por meio do WhatsApp do acidade on Campinas: (19) 97159-8294.
LEIA NO ACIDADE ON PIRACICABA
Frente fria alivia, mas calorão persiste em Piracicaba e região
Suspeita de furto esquece chave do carro em farmácia e é presa
