A Polícia Federal de Campinas detalhou nesta terça-feira (29) a operação realizada na manhã de hoje (29) que apura crimes de lavagem de dinheiro relacionados ao roubo de US$ 5 milhões, que aconteceu no Aeroporto Internacional de Viracopos no ano de 2018. De acordo com a PF, o dinheiro levado teria sido usado na compra de carros, apartamentos e casas.
Segundo a investigação foi verificado que o grupo fazia, de maneira “estruturada e ordenada”, atos de lavagem de dinheiro para esconder o valor levado do aeroporto, por meio de compra e venda de imóveis, aquisição de veículos e criação de empresas, além de outros métodos.
O roubo no terminal de Viracopos ocorreu no dia 4 de março de 2018, quando a quantia foi roubada no pátio do Terminal de Cargas do terminal. Na ocasião, um grupo com pelo menos cinco homens armados com fuzis invadiu o espaço e roubou um malote com o valor em espécie. O dinheiro estava em um contêiner e era parte da carga de um avião da Lufthansa, que tinha como destino a cidade de Zurique, na Suíça. A ação toda durou aproximadamente seis minutos, e nenhum tiro foi disparado (leia mais abaixo).
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OPERAÇÃO DE HOJE
Segundo a Polícia Federal, na operação de hoje foram apreendidos celulares, eletrônicos e documentos que podem ajudar a comprovar a origem do dinheiro. Ninguém foi preso. A investigação começou após equipes identificarem movimentação incomum de bens relacionados a um dos suspeitos do crime, que já morreu.
“Nós localizamos uma movimentação incomum de bens ligada a essa pessoa falecida. Aquisição em determinado período de seis veículos, tanto em nome de empresa, como de familiares, e aquisição de imóveis. Então a gente acredita que todas essas aquisições estejam diretamente relacionadas ao uso do dinheiro oriundo do roubo de Viracopos”, indicou o delegado chefe da Polícia Federal de Campinas, Edson Geraldo de Souza.
Ao todo, foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão, sendo três em Campinas, um em Sumaré e um em Belém (AL). “São endereços de pessoas ligadas ao investigado e acreditamos que com os celulares, dispositivos eletrônicos, documentos arrecadados, inclusive contratos de locação, possamos identificar definitivamente a origem desses recursos”, completou.
Segundo a PF, a suspeita é que o crime tenha contado com a participação de cinco pessoas. Dois dos principais envolvidos no crime e a companheira de um deles, já haviam sido identificados e, dois deles, presos em uma operação em 2020. Com a mulher, foi encontrada com a quantia de US$ 20 mil oriundos do roubo. Segundo a PF, os dois homens envolvidos respondiam em liberdade, e foram assassinados.
A investigação sobre os autores do roubo segue, assim como a investigação sobre a lavagem do dinheiro obtido com o crime.
O CRIME
O crime aconteceu no dia 4 de março de 2018, quando cerca de US$ 5 milhões foram roubados no pátio do Terminal de Cargas do Aeroporto Internacional de Viracopos.
Na ocasião, um grupo com pelo menos cinco homens armados com fuzis invadiu o espaço e roubou um malote com o valor em espécie. O dinheiro estava em um contêiner e era parte da carga de um avião da Lufthansa, que tinha como destino a cidade de Zurique, na Suíça. A ação toda durou aproximadamente seis minutos, e nenhum tiro foi disparado.
Os criminosos usaram um carro modelo Hilux clonado, igual ao usado pela segurança do aeroporto. Com eles, os criminosos acessaram um portões dos fundos da área de Viracopos, derrubaram 6 metros de extensão de alambrado e entraram na estrada que dá acesso a um dos portões.
Os bandidos chegaram a se deparar com uma viatura da segurança com dois vigias, que foram rendidos e presos em uma van. Em seguida eles passaram por guaritas sem serem abordados e seguiram até o pátio onde as aeronaves ficam estacionadas no terminal de cargas, pegaram o dinheiro e fugiram.
A OPERAÇÃO
No total, 20 policiais federais e militares participam da ação, denominada “Occulta Pecunia”. Segundo a polícia, o nome, em latim, traduz-se por dinheiro oculto.
“Os envolvidos responderão, na medida de suas participações, pelos crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa, cujas penas somadas podem chegar a mais de 14 de anos de prisão”, completou a nota da Polícia Federal.
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