Aumentou em 34,4% o número de atendimentos no SUS (Sistema Único de Saúde) por conta de depressão, segundo números da Secretaria de Estado de Saúde.
No DRS (Departamento Regional de Saúde) de Campinas, foram registrados 3.299 atendimentos clínicos ambulatoriais por depressão em 2023 e 4.434 em 2024, aumento de mais de um terço dos atendimentos.
Em relação às internações, foram registradas 1.241 em 2023 e 1.472 em 2024, aumento de 18,6%. Entre janeiro e junho de 2025, o DRS contabilizou 636 internações.
Vida de quem sente na pele
A professora Carla Magalhães é uma das pessoas que precisou buscar ajuda para se curar da depressão. Ela diz que se sentia sozinha, mesmo na presença de amigos e familiares. Além da ajuda médica, passou a escrever os sentimentos em um papel.
Percebi que eu não conseguia ser forte o tempo todo, começava a lembrar situações e isso me deixou muito frágil. Eu saía, trabalhava também, mas queria sempre voltar para casa. Não tinha com quem falar, é como se fosse uma barreira, mesmo tendo amigos, vizinhos e familiares.
diz Carla
A escrita é como se a gente estivesse contando para alguém.
Ela ainda afirmou que relutou, mas buscou ajuda com psicologo e psiquiatra.
Primeiro psicóloga, depois psiquiatra. Eu tinha rejeição, tinha vergonha de falar o que sentia. Todo mundo pode precisar um dia.
Pesquisa na Unicamp
O aumento é motivação para pesquisadores da Unicamp (Universidade de Campinas), que conseguiram reproduzir a química de um cérebro com sintomas da doença. Eles têm desenvolvido uma série de pesquisas para se aprofundar no transtorno mental.
Uma pessoa que sofre com a doença pode ter impulsos mais lentos, e a comunicação entre os neurônios menos eficaz. No experimento que consegue simular o cérebro de uma pessoa com depressão, o grupo afirma que pode ajudar no desenvolvimento de medicamentos para a doença.
Segundo o pesquisador Daniel Martins de Souza, todas as descobertas foram feitas em tecidos humanos de pessoas já falecidas. Agora, a equipe precisa avançar para a fase de testes e entender como usar esses achados para desenvolver medicamentos que melhorem a comunicação celular, por isso o mecanismo de reproduzir quimicamente o cérebro humano.
Uma das linhas de estudo envolve a criação de culturas de células do cérebro em laboratório. Essa técnica permite observar de forma controlada as consequências das alterações químicas no cérebro e avaliar possíveis tratamentos para os sintomas da depressão.
Em laboratório, eles pesquisam proteínas no sangue de pacientes que podem indicar uma melhor resposta à medicação antidepressiva, além de cultivar células-tronco e neurônios de pessoas com depressão.
Outra análise do grupo chegou a conclusão que o depressão pode aumentar as inflamações do corpo e aumentar o estresse.
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