A região de Campinas registrou uma queda no número de auditores fiscais do trabalho nos últimos anos. Há 30 anos, a região contava com 26 auditores. Atualmente, são apenas oito funcionários responsáveis por 34 cidades, segundo dados do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho.
O auditor fiscal do trabalho é o agente do estado que chega de surpresa em locais como lojas, indústrias e fazendas para verificar se direitos os trabalhistas e, até mesmo, a segurança dos funcionários está em risco. Na maioria das vezes eles fazem essas visitas após denúncias.
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Somente nesta segunda-feira (20), dois trabalhadores perderam a vida em acidentes de trabalho na região. Em Campinas, um carpinteiro caiu do 16º andar de um prédio em construção. Já em Sumaré, um técnico em manutenção morreu após a explosão de um caminhão-tanque com gás.
A falta de fiscalização pode ser um dos motivos para um grande aumento desse tipo de caso. No ano passado, foram 61,5 mil acidentes de trabalho registrados no estado de São Paulo, total 60% maior do que o registrado em 2020.
Para o procurador do Ministério Público do Trabalho, essa falta de mão de obra tem impacto direto na fiscalização. Segundo o procurador, se número de fiscais fosse maior, a quantidade de flagrantes aumentaria.
“Nós temos um grupo especializado nessa atuação e esse grupo depende muito dos auditores fiscais para implementação das condições e para o efetivo resgate. Quantos mais auditores, quanto mais fiscalizações ocorrem, menor o número das irregularidades”, informa o procurador Everson Carlos Rossi
A equipe da EPTV Campinas procurou o Ministério Público do Trabalho e Emprego, mas ainda não houve uma resposta sobre a possibilidade de contratação de novos auditores para a região.
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