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CotidianoRMC tem queda de 45% no volume de produção em abril, diz Ciesp

RMC tem queda de 45% no volume de produção em abril, diz Ciesp

Em contrapartida, pesquisa apontou que o número de funcionários permaneceu estável para 68% das empresas da região

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Pesquisa do Ciesp registra queda na produção, mas número de funcionários permanece estável (Foto: Reprodução/EPTV)
Pesquisa do Ciesp registra queda na produção, mas número de funcionários permanece estável (Foto: Reprodução/EPTV)

Uma pesquisa realizada pelo Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) de Campinas apontou queda de 45% no volume de produção na RMC (Região Metropolitana de Capinas) durante o mês de abril. 

Apesar disso, a produção permaneceu estável para 32% das empresas e aumentou para 23%, segundo o levantamento. Os dados da pesquisa de “Sondagem Industrial de Abril” mostram também que o número de funcionários permaneceu estável para 68% empresas. 

Para o diretor José Henrique Toledo Corrêa, os números demonstram estabilidade no setor. “Apesar de ter havido diminuição na produção, não houve queda no número de funcionários. Então, a gente vê que houve estabilidade”, comenta. 

Em relação ao faturamento e o valor das vendas totais, o levantamento também possui dados atrativos. “Apesar de ter havido uma queda, a gente sente que 55% estão estáveis e tiveram um aumento. Então, quando se fala que há uma queda, ela não é tão negativa”, complementa o diretor. 

O levantamento ainda aponta que o índice de inadimplência permaneceu inalterado para 95% das empresas e o endividamento diminuiu 36% devido às estratégias para redução de risco. 

INFLAÇÃO 

Entre os problemas enfrentados pelo setor na RMC, foram ressaltados os aumentos no custo das matérias-primas, componentes e peças e os custos de energia, água e transporte, que subiram para 64% e 69% dos participantes, respectivamente. 

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Apesar da alta, José Henrique salienta que os dados não preocupam ainda. “A gente sente que os reflexos da inflação mundial e pós-pandemia, com algumas ações que estão atrapalhando o nosso dia a dia. A gente sentiu que houve a queda de alguns setores. Mas não chega a ser preocupante ainda”, disse. 

Devido às instabilidades, 54% das empresas relataram que não pretendem realizar novos investimentos ou ampliar suas capacidades produtivas nos próximos 12 meses. 

PROCESSO DE DESINDUSTRIALIZAÇÃO 

Para 90% das empresas participantes do levantamento, a desindustrialização no Brasil é um problema grave e precisa de ações para ser revertida. De acordo com o diretor José Henrique, este processo é caracterizado pela terceirização da produção, com o desenvolvimento de produtos em países com uma mão de obra mais barata. 

Para reverter esta situação, que aumentaria a oferta de trabalho no país, seria necessário um investimento em capacitação e inovação. 

“A indústria é o principal agregador de valor ao produto. A indústria gera mais empregos. Então, ela ainda é a grande locomotiva do Brasil, mas precisamos melhorar a qualidade. O Brasil precisa capacitar as suas indústrias para terem condições de entrar nesse mundo digital”, relata o diretor. 

Devido à migração da produção para outros países, a competição no mercado é quase impraticável. “O produto nacional paga uma carga tributária altíssima, enquanto o importado entra aqui e mata o produto nacional. Com a reindustrialização, a gente tem uma melhoria e aumento de postos de trabalho. Mas isso é um processo a médio e longo prazo”, finaliza o diretor. 

BALANÇA COMERCIAL 

Em relação aos números da Balança Comercial Regional, em abril de 2022 o valor exportado foi de US$ 294,2 milhões, o que representa um percentual 18,3% maior do que o apresentado no mesmo período do ano passado. 

O levantamento ainda aponta que as importações no mês de abril foram de US$ 979,9 milhões, índice 21,7% maior do que o mesmo período de 2021.  O saldo em abril de 2022 foi negativo em US$ 685,6 milhões, valor 23,3% maior do que o registrado no mesmo mês do ano passado. 

Já a corrente de comércio exterior regional, que corresponde à soma das exportações e importações, em abril de 2022 foi de US$ 1,274 bilhão, com percentual 20,9% maior que o registrado em abril de 2021. 

COMÉRCIO EXTERIOR 

Entre os principais produtos exportados estão: 

– máquinas
– caldeiras
– aparelhos mecânicos e suas partes
– produtos plásticos e derivados
– produtos químicos orgânicos 

Em abril, os principais municípios exportadores da Regional Campinas do Ciesp foram, pela ordem: 

– Paulínia (30%)
– Campinas (26,3%)
– Sumaré (10,7%)
– Mogi Guaçu (8,9%)
– Amparo (5,2%)
 

No que diz respeitos aos principais produtos importados durante o mês de abril estão máquinas, aparelhos e materiais elétricos, aparelhos de gravação e reprodução, partes e acessórios; produtos químicos orgânicos; e produtos químicos diversos. 

Confira os municípios que mais importaram em abril: 

– Paulínia (41,8%)
– Campinas (25,8%)
– Jaguariúna (9,6%)
– Sumaré (7,2%)
– Hortolândia (6,8%) 

“Importante dizer que os números de comércio exterior surpreendem e a gente entende que provavelmente que as indústrias exportadoras estão conquistando mais mercado”, comenta José Henrique. 

O percentual do município refere-se a sua participação em relação ao total da Regional no Balanço Mensal. O Ciesp-Campinas conta com 494 empresas associadas, distribuídas em 19 municípios da região. O faturamento conjunto das empresas associadas é de R$ 41,52 bilhões ao ano. Conjuntamente essas empresas empregam 98.894 colaboradores.

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