O total de ocorrências e atendimentos envolvendo pneus furados nas rodovias que passam pela RMC (Região Metropolitana de Campinas) aumentou em média 16% no 1º trimestre deste ano na comparação com o mesmo período do ano passado.
Os dados são das concessionárias responsáveis pelas principais vias e elevam o alerta para os cuidados e a importância da manutenção adequada (veja abaixo).
No Corredor Dom Pedro, conforme a Rota das Bandeiras, o crescimento foi de 14%, saindo de 1.359 para 1.550. Já a Autoban, que administra Bandeirantes, Anhanguera e Adalberto Panzan, o aumento foi de 732 para 867. Ou seja, 18,4%.
O coordenador de tráfego da Rota das Bandeiras, Murilo Perez, diz que os registros são de casos onde houve apoio da concessionária e não incluem quem fez a troca do pneu por conta própria. Ele reforça que o motorista deve priorizar a segurança.
“A gente percebe durante os atendimentos que o principal problema é a falta de manutenção né? O pneu já em um estado avançado. Então, é importante que realize a calibragem e se atente às condições dos pneus”, argumenta Murilo.
RISCOS E DICAS
Atualmente, o preço de um pneu de caminhão aro 22 passa de R$ 2,3 mil. Por esse motivo, muita gente opta pelo mais barato, decisão que é bastante arriscada, já que geralmente envolve a escolha por uma nova banda de rodagem em pneus gastos. A reutilização pode causar o estouro dos pneus e até resultar em acidentes graves.
Para o diretor de oficina Edson Bucci, os donos de veículos devem levar em conta o prazo de até cinco anos, período no qual o desgaste costuma ser mais significativo.
“A vida média de um pneu é de, mais ou menos, cinco anos. Se tudo ocorrer bem, não envolver acidentes e cuidar bem, em média, pode-se considerar cinco anos. Nesse tempo, os componentes químicos começam a apresentar um desgaste”, diz.
LISTA DE CUIDADOS
– Calibrar o pneu e o estepe a cada 15 dias;
– Realizar o rodízio a cada 10 mil quilômetros;
– Após o rodízio, fazer alinhamento e balanceamento.