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CotidianoSaúde aponta que Campinas reduziu infecções por HIV e mortes provocadas pela Aids

Saúde aponta que Campinas reduziu infecções por HIV e mortes provocadas pela Aids

Os casos de infecção por HIV e de mortes provocadas pela Aids entre 2023 e 2024 tiveram redução em Campinas segundo levantamento

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Os casos de infecção por HIV e de mortes provocadas pela Aids entre 2023 e 2024 tiveram redução em Campinas segundo levantamento divulgado na tarde desta quarta-feira (4) pela secretaria de Saúde de Campinas. A cidade registrou uma queda no número de infecções por HIV, com um total de 167 casos em 2024 (dados sujeitos a revisão), comparados a 216 casos em 2023.

Segundo a Prefeitura, o levantamento integra o Dezembro Vermelho, campanha dedicada à luta contra o HIV, Aids e outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) com alertas de prevenção, assistência e proteção de direitos.

Perfil de infecção por HIV em Campinas

Homens continuam com maior número de casos: Em 2023, foram 160 casos masculinos contra 56 femininos. Em 2024, esse número é de 138 homens e 29 mulheres. Já em relação a faixa etária, a maior parte das infecções está concentrada nas faixas de 20 a 39 anos, tanto entre homens quanto mulheres.

A médica infectologista Valéria de Almeida destacou que a redução de casos de infecção pelo HIV na cidade demonstra o esforço da Pasta em implementar ações educativas e outras iniciativas para incentivar a testagem para todas as ISTs e cuidados em prevenção, como a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) e Profilaxia Pós-Exposição (PEP).

Campinas é a segunda cidade do estado de São Paulo com o maior número de pessoas em uso da PrEP, medicamento oferecido desde 2018 no município. “A PrEP tem sido um importante aliado na prevenção da infecção pelo HIV, e desde seu início, 2.983 pessoas iniciaram o tratamento”, afirmou – saiba mais abaixo.

Casos e mortes por Aids

Embora o número de casos de Aids tenha registrado um aumento de 80 para 97 casos entre 2023 e 2024, a cidade observa uma redução significativa nas mortes por Aids. Em 2023, 58 óbitos foram registrados, e em 2024, até o momento, esse número caiu para 35.

Valéria de Almeida destaca que tratamentos eficazes oferecidos pelo SUS têm ajudado a reduzir a mortalidade, mas alerta sobre o diagnóstico tardio, que ainda é responsável por uma parcela significativa das mortes (veja detalhes abaixo).

Dados do levantamento da Saúde

Casos de infecção por HIV (geral)

  • 2013 – 182
  • 2014 – 241
  • 2015 – 286
  • 2016 – 305
  • 2017 – 253
  • 2018 – 227
  • 2019 – 185
  • 2020 – 138
  • 2021 – 135
  • 2022 – 192
  • 2023 – 216
  • 2024 (dados sujeitos à revisão) – 167
     
  • Total de 2013 a 2024 – 2.527
  • Média de 2013 a 2024 – 210,5

Infecção por HIV (por sexo) 

  • 2023 – 56 feminino e 160 masculino 
  • 2024 – 29 feminino e 138 masculino
     
  • Total de 2013 a 2024 – 501 feminino e 2.026 masculino

Infecção pelo HIV por ano de diagnóstico (por faixa etária)


2023 (sexo masculino)

  • 13-19 anos – 6
  • 20-29 anos – 75
  • 30-39 anos – 47
  • 40-49 anos – 20
  • 50 anos ou mais – 12
     

2024 (sexo masculino)

  • 13-19 anos – 5
  • 20-29 anos – 57
  • 30-39 anos – 43
  • 40-49 anos – 20
  • 50 anos ou mais – 13


2023 (sexo feminino)

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  • 13-19 anos – 2
  • 20-29 anos – 18
  • 30-39 anos – 17
  • 40-49 anos – 9
  • 50 anos ou mais – 10


2024 (sexo feminino)

  • 13-19 anos – 1
  • 20-29 anos – 4
  • 30-39 anos – 11
  • 40-49 anos – 8
  • 50 anos ou mais – 5


Casos de aids 

  • 2013 – 271
  • 2014 – 221
  • 2015 – 210
  • 2016 – 217
  • 2017 – 206
  • 2018 – 156
  • 2019 – 100
  • 2020 – 83
  • 2021 – 91
  • 2022 – 130
  • 2023 – 80
  • 2024 (dados sujeitos à revisão) – 97
     
  • Total de 2013 a 2024 – 1.862
  • Média de 2013 a 2024 – 155,1

Casos de aids por sexo 

  • 2023 – 11 feminino e 69 masculino 
  • 2024 – 24 feminino e 73 masculino
     
  • Total de 2013 a 2024 – 446 feminino e 1.416 masculino

Mortes por aids
 

  • 2013 – 76
  • 2014 – 104
  • 2015 – 88
  • 2016 – 97
  • 2017 – 73
  • 2018 – 74
  • 2019 – 48
  • 2020 – 54
  • 2021 – 77
  • 2022 – 54
  • 2023 – 58
  • 2024 – 35 (dados sujeitos à revisão)

Importância da testagem regular


A médica especialista reforçou a importância de realizar exames regulares para detectar infecções sexualmente transmissíveis, incluindo o HIV, especialmente para aqueles que mantêm vida sexual ativa. O diagnóstico precoce é fundamental para iniciar o tratamento e evitar o desenvolvimento da Aids.

Formas de contágio por HIV, PrEP e PEP


• Por relações sexuais (anal e vaginal). A transmissão oral tem risco reduzido de forma expressiva;

• Da mãe portadora do HIV para o filho durante a gravidez, o parto e a amamentação. A gestante portadora do HIV, se diagnosticada e tratada adequadamente, não transmite o vírus;

• Compartilhar instrumentos perfurocortantes sem esterilizar antes, como seringas e alicates de unha. A prevenção da infecção pelo HIV pode ser feita com práticas sexuais seguras (uso de preservativos externos e internos), uso de profilaxia pós-exposição ao HIV (PEP), e profilaxia pré-exposição ao HIV (PrEP). Pessoas portadoras do HIV em tratamento por mais de seis meses e com carga viral indetectável não transmitem o vírus através de relação sexual.


PrEP

Campinas é a segunda cidade do Estado com maior número de pessoas em uso da PrEP. Ela é ofertada pela rede municipal desde 2018, ano em que o método foi incorporado ao SUS pelo Ministério da Saúde. O objetivo é evitar infecção pelo vírus causador da aids (síndrome da imunodeficiência adquirida) em caso de exposição.

Desde aquele ano, 2.983 pessoas iniciaram a PrEP no Município. Nos últimos 12 meses 2.072 pessoas fizeram uso da profilaxia e, neste momento, são 1.571 em tratamento.

A PrEP combina dois medicamentos antirretrovirais (tenofovir e entricitabina) que bloqueiam alguns “caminhos” que o HIV usa para infectar o organismo. Eles são disponibilizados pelo SUS Municipal em dois locais: no Centro de Referência em IST, HIV/Aids e Hepatites Virais, e no Centro de Saúde (CS) Santos Dumont, onde há o Ambulatório Transcender – centro de referência para assistência integral à saúde da população transexual.


PEP

Já a PEP é uma medida de prevenção de urgência para ser utilizada em situação de risco à infecção pelo HIV que consiste no uso de medicamentos ou imunobiológicos nas seguintes situações: violência sexual; relação sexual desprotegida e acidente ocupacional (instrumentos perfurocortantes ou contato direto com material biológico). 

Ela é ofertada aos pacientes do SUS Municipal em dias úteis no Centro de Referência HIV/Aids, no horário da unidade, enquanto que nos demais períodos e aos finais de semana e feriados, está disponível no pronto-socorro do Hospital Mário Gatti. 

Vale destacar que há dispensação por outros serviços de saúde aos funcionários vítimas de acidente ocupacional ou pacientes que estejam nas condições para indicação de uso da profilaxia. O Caism da Unicamp é a referência para vítimas de violência sexual.

PEP – dispensações no SUS Municipal + Mário Gatti

  • 2018  – 944
  • 2019  – 1.181
  • 2020  – 1.059
  • 2021  – 1.192
  • 2022  – 1.445
  • 2023  – 1.734
  • 2024  – 1.800


Serviço

O Centro de Referência em IST, HIV/Aids e Hepatites Virais funciona na Rua Regente Feijó, 637, no Centro. Ele funciona de segunda a sexta, das 7h às 20h, exceto na quinta, das 14h às 15h, quando há limpeza do pátio e reunião de equipe.

Já o CS Santos Dumont está na Rua José Pinto da Silva, 81, Jardim Itatinga. Ele funciona de segunda a sexta, das 7h às 18h. Mais informações estão em: https://www.campinas.sp.gov.br/secretaria/saude.

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