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CotidianoSaúde autua farmácias que faziam teste de covid-19 sem autorização

Saúde autua farmácias que faziam teste de covid-19 sem autorização

Exames de secreção nasal eram feitos sem autorização nas drogarias de Campinas

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Único teste autorizado para as farmácias é o sorológico (Foto: Denny Cesare/Código19)

A Vigilância Sanitária começou a fiscalizar e autuar farmácias de Campinas que estavam fazendo testes de covid-19 que envolviam secreção nasal, o que é proibido segundo a Administração. De acordo com a Saúde, testes como “Antígeno” e “PCR” não podem ser feitos por drogarias, que só tem a autorização para fazer o teste rápido, chamado de sorológico (quando é colhido uma gota de sangue do paciente).  

A fiscalização, que começou a ser feita ontem (19) já proibiu redes que antes disponibilizavam o teste para a população. Segundo a Prefeitura, quatro farmácias foram autuadas por disponibilizar e aplicar os testes.  

Segundo a Administração, o único teste autorizado para ser feito em farmácias é o de sorologia (IgG e IgM) que detecta o vírus e anticorpos a partir do 10º dia de sintoma e é feito por meio da coleta de uma gota de sangue. 

Segundo a Vigilância, a proibição ocorre porque os locais não são autorizados a funcionar como pontos de coleta e fazer procedimentos que envolvem pacientes sem máscara e com coleta se secreção, que causa um risco maior de contaminação no local. Os técnicos da Vigilância também verificaram se as salas estavam sendo utilizadas exclusivamente para a realização dos testes. Todas as farmácias foram autuadas para se regularizarem. Outros estabelecimentos também passarão por inspeção.

“A atividade de coleta é exclusiva de postos de coletas de laboratórios clínicos e não pode ser feita em farmácias” explicou a Prefeitura por meio de nota, citando que a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Epidemiológica) deu autorização emergencial comente para testes imunocromatográficos, por conta da excepcionalidade da pandemia.  

TESTE EM FARMÁCIAS TINHA ESPERA LONGA 

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Apesar da proibição, os testes eram feitos normalmente nas farmácias, até mesmo com disponibilização de agendamento on-line. Com a alta crescente dos casos de covid-19 em Campinas, que hoje registrou mais 13 vítimas fatais (leia mais aqui), a busca pelo diagnóstico também cresceu muito e o agendamento desses testes em farmácias na cidade tinha a espera de no mínimo três dias.  

A grande procura também estava relacionada ao valor. Enquanto nas drogarias os testes de PCR e Antígeno variavam entre R$ 109 e R$ 150, em laboratórios o preço gira em torno de R$ 200 e R$ 300.

A aposentada Maria de Lourdes Pereira conta que chegou a agendar os testes nesta semana, mas ontem foi informada do cancelamento. 

“Ontem, marquei dois testes de Antígeno para a quinta-feira depois de muita busca. Mas a noite recebi uma ligação da farmácia dizendo que a Vigilância os proibiu de fazer esses procedimentos e que eles têm que pedir solicitação das autoridades. O único que podem fazer é de sorologia que acabei optando por ser o único”, contou a aposentada, que não sabia da proibição. 

Além dela, a comerciante Mariana Gomes também não conseguiu marcar o exame que queria para saber se tem o vírus.  

“Meu namorado fez o exame na farmácia e testou positivo. Quando fui marcar o meu, disseram que não podia mais. Agora vou ter que fazer em laboratório particular porque como não tenho sintomas a sorologia não funciona no meu caso”, contou.  

Em nota, a Vigilância Sanitária afirmou que os locais onde são feitos os testes nas farmácias não possuem sistema de ventilação para evitar uma contaminação do local e de trabalhadores. A Prefeitura não informou as drogarias autuadas e nem o valor da multa. 

A reportagem entrou em contato com algumas farmácias da cidade onde havia a aplicação do teste proibido, mas nenhuma quis comentar.

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Luciana Félix
Luciana Félixhttps://www.acidadeon.com/campinas/
Supervisora de conteúdo digital do acidade on e do Tudo EP. Entrou no Grupo EP em 2017 como repórter do acidade on Campinas, onde também foi editora da praça. Antes atuou como repórter e editora do jornal Correio Popular e do site do Grupo RAC. Também atuou como repórter da Revista Veja, em São Paulo.
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