Sempre que o dia 13 cai em uma sexta-feira, a vontade de conhecer lendas da cidade com perfil mais sombrio volta a bater em muita gente. Para quem gosta de manter essa tradição desse “mito” relacionado a data, o portal acidade on reuniu alguns dos locais mais emblemáticos e com histórias ‘assustadoras’ de Campinas. Confira:
Conheça lugares com lendas de ‘assombrados’ em Campinas para visitar na sexta-feira 13
Cemitério da Saudade
Vamos começar pelo clássico: o Cemitério da Saudade. Inaugurado em 1881, nele estão enterrados nomes como Francisco Glicério, Ramos de Azevedo, Bento Quirino, Mário Gatti, Hercules Florence e tantos outros membros da antiga nobreza da época do império.
Mas, apesar das diversas personalidades sepultadas, os túmulos mais visitados e que desbancam a atenção das caríssimas artes são na verdade os de pessoas que ficaram conhecidas após a morte.
Das sepulturas famosas do cemitério, estão três túmulos classificados como de “milagreiros”. Entre eles o Toninho, escravo do Barão Geraldo de Rezende. Morto em 1904 e sepultado ao lado dos jazigos de mármore carrara do ex-senhor, Toninho coleciona centenas de placas de agradecimentos por milagres alcançados.
Além dele, há o túmulo de Maria Jandira, uma prostituta que ateou fogo ao corpo quando teve seu casamento desfeito e os “três anjinhos” – três crianças que morreram em decorrência de um incêndio na casa onde moravam -, que também recebem fiéis que agradecem as graças obtidas.
Beco do Inferno
A travessa para pedestres que conecta o Largo das Andorinhas à Rua Luzitana, no Centro, hoje tem comércios e prédios residenciais. No entanto, o trecho já foi chamado popularmente de “Beco do Inferno” quando era, no passado, um lugar usado para prostituição.
O nome, no entanto, cabe também quando a conversa é sobre as assombrações que já foram relatadas no local. Segundo Thiago Souza, roteirista e guia do projeto “O que te assombra?”, que explora locais icônicos conhecidos por suas supostas assombrações em Campinas, uma das comerciantes do local conta uma experiência sobrenatural e instigante – além de recente.
O comércio dela fica no térreo de um dos prédios do Beco. Enquanto a mulher fechava o local após um dia de trabalho, começou a ouvir passos nos andares superiores. Ao verificar se alguém estava por lá, não encontrou ninguém.
No entanto, quando voltou para o térreo, percebeu que o estofamento de uma das cadeiras estava subindo sozinho, como se alguém tivesse acabado de se levantar – o que não havia ocorrido. A situação deu margem para a teoria de que o fantasma seria de uma mulher que estaria se arrumando para mais uma noite de trabalho.
Túnel da Fepasa – Fantasma do Túnel
Planejado para servir de caminho para os trabalhadores que moravam na Vila Industrial, em Campinas, há mais de 100 anos, o túnel de pedestres sob o complexo ferroviário que integra a Estação Cultura também é conhecido por estar cercado de mistérios e lugares que sediaram eventos importantes.
Souza revela que um deles é a história de um senhor que teria morrido em uma inundação no túnel, carregando um guarda-chuva. Conhecido como o “velho do guarda-chuva”, ele supostamente surge junto com a “velha da bengala”, ambos aparecendo de lados opostos e se encontrando no meio do túnel.
Apesar dessas lendas, o historiador considera que o relato mais impactante relacionado ao túnel é o do“fantasma do holofote”. Nos anos 90, esse espírito era descrito como uma figura que aparecia de um lado do túnel quando as pessoas vinham pelo outro. Ele se aproximava, e no lugar do rosto, um forte holofote cegava e imobilizava os pedestres. A aparição foi até registrada pela imprensa local na época.
Casarão do Parque Jambeiro
No casarão do Parque Jambeiro, as lendas têm um toque peculiar. Em vez de um fantasma do final do século 19, como muitos imaginariam, o que os moradores relatam é uma visão surpreendente: um ciclista. Segundo os relatos, ele aparece subindo a rua e entrando no casarão, mas quando alguém vai investigar, o ciclista e sua bicicleta simplesmente desapareceram, como que engolidos pelo mistério do lugar.
Além do ciclista, há outra figura que assombra o casarão: uma mulher à procura de “Dinha”, a ex-governanta da Fazenda Jambeiro. Ela aparece de forma esporádica diante de grupos de pessoas e, assim como surgiu, desaparece com a mesma rapidez, como uma chama de vela extinta pelo vento.
Estrada da Rhodia
Na década de 1970, uma noiva era conduzida em um Corcel para realizar o sonho de se casar. O veículo seguia preenchido de emoções pela estrada da Rhodia, via que liga Campinas a Paulínia, a partir do distrito de Barão Geraldo. Mas toda expectativa do enlace seria tomada pela frustração, depois que um caminhão atingiu o carro. A violência do impacto tirou a vida do motorista e da noiva, que teve seu vestido branco tingido de sangue.
Ao perceberem que o atraso da noiva estava próximo de se tornar ausência, seus familiares seguiram para Campinas, pela estrada da Rhodia, para tomarem pé do que estava acontecendo. Foi lá que eles tiveram a terrível constatação.
Foram inúmeros os relatos de aparições da Noiva Fantasma, que transitaram no imaginário dos moradores de Barão Geraldo por décadas. Muitos motoristas tiveram contato com uma mulher levitando na estrada, com vestido de noiva, nas altas horas da madrugada.
A lenda mais aterrorizante relatada é sobre um homem que, ao ver uma mulher vestida de noiva na estrada, parou para ajudá-la. No entanto, a figura parecia mais um personagem de filme de Tim Burton do que uma pessoa em necessidade. A mulher, ao colocar as mãos no capô do carro, fez um pedido telepático para ser levada ao seu casamento. Aterrorizado, o homem acelerou e fugiu da cena.
Ao chegar em casa, ele encontrou duas marcas de mãos cauterizadas no capô do veículo. Na manhã seguinte, ao levar o carro a um funileiro para tentar remover as manchas, foi surpreendido ao ser questionado sobre onde tinha queimado o carro, já que nunca tinham visto um tipo de queimadura como aquela.
Qual a origem da sexta-feira 13?
Data considerada por muitos como um dia de azar, poucos sabem, no entanto, sobre as origens que levaram esse dia a ser considerado “amaldiçoado”.
Existem divergências quanto à criação e ao significado do mito da sexta-feira 13. Na mitologia nórdica, por exemplo, é um presságio do caos, devido a história de Odin em um banquete. O deus nórdico estava com outras 12 divindades enquanto Loki, o deus da trapaça, não foi convidado. Assim ele teria ido ao local e matado um dos convidados, Balder. A lenda deu significado a superstição de que um encontro com 13 pessoas terminaria em tragédia.
A explicação mais aceita, no entanto, é a demonização do dia promovida pela Igreja Católica. A crença pagã tinha a sexta-feira como dia de devoção aos deuses e o número 13 era considerado milagroso. Mas com a expansão da Igreja e a perseguição devido à Inquisição, o dia passou a ser considerado pagão e relacionado à bruxaria.
A má fama do número 13 também está relacionada à boa fama do número 12, que indica algo completo, como os 12 meses no ano; as 12 tribos de Israel; os 12 apóstolos de Jesus e os 12 deuses do Olimpo.
Aproveitando-se disso, vários filmes de terror surfaram na onda da crença popular. A franquia Sexta-Feira 13, do vilão mascarado Jason, conta com cerca de 12 filmes diferentes sobre o tema.
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