Um homem investigado por integrar uma quadrilha de roubos de caminhões e cargas morreu na manhã desta terça-feira (14) durante uma operação da Polícia Federal de Campinas. Segundo a polícia, o homem morreu em Jarinu. Ele teria sofrido uma queda no momento em que fugia dos agentes.
A operação, deflagrada pela PF de Campinas em conjunto com a Polícia Rodoviária do Estado de SP, cumpriu mandados contra suspeitos envolvidos em crimes violentos de roubos de caminhões e cargas nas rodovias da região de Campinas e de Cajamar. Segundo a polícia, os crimes aconteciam principalmente no corredor das rodovias Anhanguera e Bandeirantes.
De acordo com PF, a quadrilha praticou sete roubos em um período de apenas 20 dias nas rodovias da região. Entre as cidades que aconteceram os roubos, estão Campinas, Vinhedo e Atibaia. Há indícios de que os criminosos praticavam até quatro roubos em um só dia.
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Foram cumpridos hoje 13 mandados de prisão temporária e oito mandados de busca e apreensão contra os suspeitos em Jundiaí e Jarinu. No total, 50 policiais federais e 35 policiais rodoviários dão cumprimento aos mandados judiciais.
Dos mandados, seis pessoas foram presas nas cidades de Jundiaí e Jarinu. Duas pessoas já estavam detidas nos CDPs (Centros de Detenção Provisória) de Campinas e Jundiaí, um suspeito foi morto e quatro seguem foragidos. Os seis detidos hoje foram encaminhados para a Superintendência da PF na capital.
COMO AGIA
O chefe da delegacia de Polícia Federal em Campinas, Edson Geraldo de Souza, explicou que os criminosos não tinha preferência específica por carga. Com uso de equipamentos eletrônicos, a associação criminosa rondava as rodovias por horas em busca de um alvo ou oportunidade.
“Eles não tinham preferencia por cargas, a carga era um ‘plus’. O objetivo principal deles era os caminhões. Então, eles usavam uma técnica de caça, eles usavam três veículos, esse era o método mais comum, e ficavam por horas rodando as rodovias, separadamente, procurando um veículo” , relatou.
Segundo o delegado, a quadrilha agia de forma violenta e engava motoristas para conseguir a abordagem.
“Quando eles encontravam um veículo do interesse, o primeiro carro se aproximava do caminhão e dava um alerta que havia um pneu furado, uma lanterna quebrada, ou uma porta aberta no caminhão. Para não chamar a atenção do caminhoneiro, eles iam embora. Quando motorista parava para checar aquela informação, o segundo carro chegava, abordava e sequestrava ali o motorista do caminhão. O terceiro carro era o que tentava evitar o patrulhamento da Polícia Militar Rodoviária, é ele que dizia a distância entre o caminhão parado da próxima viatura da Polícia Militar Rodoviária que estava se aproximando”, completou.
Segundo o delegado, os criminosos dividiam as tarefas em olheiros, que escolhiam os veículos a serem alvos, motoristas, que assumiam os veículos roubados, mateiro, pessoa que ficava com os motoristas em cativeiro, e organizador. Agora, a polícia tenta buscar pelos receptadores dos veículos e cargas.
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