Você sabia que Campinas possui uma tecnologia que ajuda pessoas com deficiência visual a atravessarem a rua? O sistema de semáforos sonoros, acionados por chaveiros eletrônicos individuais (tags), existe desde 2021 na cidade, e deve se expandir para mais pontos ao longo dos próximos anos.
Ele foi desenvolvido por técnicos da Emdec (Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas) e a previsão da autarquia é que a tecnologia seja instalada em 20 semáforos por ano até o final da atual gestão. Ou seja, pelo menos 80 cruzamentos devem ganhar o sistema inteligente até 2028.

Como funcionam os semáforos inteligentes para pedestres cegos
O aviso sonoro sai de uma caixa que fica instalada perto do semáforo. Para habilitar, o pedestre usa a tag, que funciona por conexão bluetooth. Ao se aproximar de uma travessia em algum cruzamento e acionar o dispositivo, o semáforo emite um sinal sonoro, indicando que o caminho está livre para atravessar. Quando o semáforo está próximo de fechar, outro aviso sonoro é emitido.
Campinas já tinha outra tecnologia semelhante, mas que ficava instalada na botoeira do semáforo e a pessoa com deficiência visual, quando chegava para apertar o botão, não conseguia encontrar.
“O sistema tradicional com botão fica à disposição de qualquer um apertar, então qualquer pessoa pode ir lá e ficar acionando o sinal sonoro em horários que não precisava, ou então de uma pessoa que não necessitaria do sinal sonoro para fazer a travessia. Então, tinha muita incidência de vandalismo, e acabava degradando o sistema sonoro, então a pessoa com deficiência ficava impossibilitada de usar”, explica Paulo Conde, coordenador de manutenção na Área de Semáforos.
O custo para implementar as caixinhas sonoras nos semáforos é de cerca de R$ 8 mil por cruzamento e cada um dos equipamentos pode conectar uma quantidade infinita de tags. Inclusive, os dispositivos são à prova de interferência porque cada uma delas tem um número específico, como se fosse um CPF vinculado à pessoa que está usando.
Mais segurança
O sistema sonoro foi instalado em 25 semáforos escolhidos por instituições que trabalham pela inclusão de pessoas com deficiência na cidade, sendo que 23 deles contam com o sistema por tags. Até o momento, 120 pessoas estão utilizando a tecnologia, que é pioneira no Brasil.
Uma delas é o Eduardo Simões, que ficou cego aos 20 anos, após sofrer um acidente de moto. No dia a dia, o cão-guia, Chicó, é indispensável para enxergar pelo dono. Mas, para atravessar a rua, o morador conta com uma ajuda do aviso sonoro.
“Você está andando aqui no Centro, então você deixa até ela ativada no bolso. Quando vai chegando e se aproximando do semáforo, ele já vai ativando. É seguro porque sabe que fechou o semáforo, e ele tem um barulho diferenciado no final que demonstra para a pessoa cega que vai acabar o tempo”, disse.
*Com informações de André Luís Rosa/EPTV Campinas
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