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CampinasCotidianoTransplante de órgãos cresce em SP; o de pâncreas mais do que dobrou

Transplante de órgãos cresce em SP; o de pâncreas mais do que dobrou

Dados mostram aumento contínuo na área de transplantes, com destaque para o pâncreas, que teve alta de 136%

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O número de transplantes de órgãos realizados no estado de São Paulo registrou crescimento significativo no primeiro trimestre de 2025 em comparação ao mesmo período do ano passado. Dados divulgados pela Central de Transplantes da SES (Secretaria de Estado da Saúde) mostram que, entre os procedimentos, o transplante de pâncreas teve o maior aumento percentual: 136%, saltando de 11 para 26 cirurgias.

Outros órgãos também tiveram alta na quantidade de transplantes: o de coração cresceu 34% (de 32 para 43), o de rim subiu 16% (de 329 para 406), o de pulmão aumentou 12% (de 25 para 28), e o de fígado teve um avanço de 9% (de 127 para 139).

O HC (Hospital de Clínicas) da Unicamp, em Campinas, que é referência no transplante de órgãos, também apresentou crescimento no volume de procedimentos. Em 2024, a instituição realizou 362 transplantes, o que representa um aumento de 22% em relação a 2023, quando foram feitos 287. O rim foi o órgão mais transplantado, com 131 cirurgias no ano passado.

De acordo com a SES, o aumento no número de transplantes é resultado de diversas ações adotadas pelo governo estadual, como treinamentos e capacitações voltadas a profissionais da saúde. O objetivo é estimular a doação de órgãos e tecidos, além de melhorar o processo de captação e distribuição dos órgãos.

Como funciona a doação de órgãos

A doação de órgãos, seja em vida ou após a morte, segue critérios rígidos estabelecidos por lei. No caso de doadores falecidos, a Central de Transplantes é responsável por identificar os possíveis receptores com base em critérios técnicos, como:

  • Tipagem sanguínea (grupo ABO)
  • Compatibilidade genética
  • Dados antropométricos (peso e altura)
  • Gravidade clínica do paciente

No Brasil, a doação só é possível com autorização da família após a confirmação da morte encefálica. Por isso, é fundamental que as pessoas comuniquem em vida o desejo de serem doadoras.

Quem pode doar órgãos em vida?

Doadores vivos também podem contribuir, desde que o procedimento não coloque sua saúde em risco. Apenas parentes até o quarto grau podem fazer a doação diretamente. Fora desse grau de parentesco, é necessária autorização judicial. Os órgãos e tecidos que podem ser doados em vida incluem:

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  • Um dos rins
  • Parte do fígado
  • Parte da medula óssea
  • Parte do pulmão

Como funciona a fila de transplantes?

Cada estado possui sua própria lista de espera, e um mesmo paciente não pode estar inscrito em mais de uma lista estadual. Em São Paulo, o Sistema Estadual de Transplantes é responsável por gerenciar o cadastro técnico dos potenciais receptores, organizando a fila com base em critérios como:

  • Compatibilidade sanguínea e genética
  • Tempo de inscrição do paciente
  • Relação de peso e altura entre doador e receptor
  • Estado clínico do paciente (com prioridade para casos mais graves)

Por exemplo, um paciente com insuficiência cardíaca grave, que precisa de medicação intravenosa contínua e internação, tem prioridade na fila em relação a alguém em condição mais estável.

Transparência e auditoria

Nos casos em que há priorização por gravidade, a equipe médica deve apresentar documentação detalhada à Central de Transplantes, que submete o caso a uma câmara técnica composta por especialistas. Após o procedimento, o prontuário do paciente é auditado para garantir que todos os critérios foram respeitados.

Crianças têm prioridade

A legislação brasileira também prevê prioridade para crianças e adolescentes de até 18 anos, principalmente quando o doador tem idade compatível ou quando disputam o órgão com adultos.

Recusa familiar ainda é desafio

Apesar dos avanços, a taxa de recusa das famílias ainda é alta: cerca de 50% negam a doação após a confirmação da morte encefálica. Por isso, campanhas de conscientização continuam sendo essenciais para aumentar a taxa de doações e salvar mais vidas.

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Laura Nardi
Laura Nardi
Repórter Web no ACidade ON Campinas. Graduada em Jornalismo pela PUC-Campinas, tem passagem pelos portais Tudo EP e Jornal de Valinhos. Adentrou no Grupo EP em 2023 e atua nos conteúdos digitais, enfaticamente com a parte textual.
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