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CotidianoUnicamp identifica mutações em proteínas que ajudam em diagnóstico de depressão tardia

Unicamp identifica mutações em proteínas que ajudam em diagnóstico de depressão tardia

O estudo inédito foi capaz de identificar 75 proteínas alteradas nos pacientes que têm depressão tardia

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Depressão tardia atinge pessoas com mais de 55 anos (Foto: Reprodução/EPTV)
Depressão tardia atinge pessoas com mais de 55 anos (Foto: Reprodução/EPTV)

Pesquisadores da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) identificaram mutações em proteínas que podem ajudar no diagnóstico da depressão tardia, aquela que atinge pessoas acima dos 55 anos. A pesquisa pode contribuir a prevenir a doença. O estudo inédito foi capaz de identificar 75 proteínas alteradas nos pacientes que têm depressão tardia. Ao todo, a pesquisa durou um ano e meio e analisou 50 pacientes. Agora, a próxima etapa é desenvolver novos estudos para o desenvolvimento de medicamentos que possam tratar os pacientes com depressão tardia.

“Nós coletamos sangue de pacientes com depressão tardia e a gente procurou alterações palpáveis, facilmente detectáveis no sangue dessas pessoas. Isso então pode ser um indicativo, pode ajudar num eventual diagnóstico dessa doença ou até predizer que alguém vai ter essa enfermidade”, explicou o professor da Unicamp Daniel Martins de Souza.

A pesquisa da Unicamp mostrou também que seis dessas proteínas estão relacionadas com a forma mais grave da enfermidade. “Em relação aos pacientes que não tinham depressão, elas estavam ou aumentadas ou diminuídas. Então dependendo do quão mais grave era essa depressão, a gente via que o nível dessas seis proteínas ou aumentava, ou diminuía proporcionalmente à gravidade”, afirmou a pesquisadora da Unicamp, Lícia Costa.

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Pesquisadora da Unicamp Lícia Costa (Foto: Reprodução/EPTV)
Pesquisadora da Unicamp Lícia Costa (Foto: Reprodução/EPTV)

 

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MENOPAUSA

Para a aposentada Angélica Petry, os sintomas da depressão tardia chegaram junto com a menopausa. “Eu tive pânico e daí era muita irritabilidade, muito choro. Um dia minha filha falou: ‘mãe, chega. Vamos para um psiquiatra, vamos procurar um profissional, você precisa de ajuda’. No início eu resisti um pouco”.

Essa resistência só terminou depois de dois anos, quando finalmente ela foi procurar ajuda médica. “Depois que eu comecei a fazer tratamento, que tomo remédio até hoje, é outra qualidade de vida, sabe?”, afirmou. Segundo a psicóloga Ana Silva Rennó, pelo menos 90% dos pacientes demoram a procurar tratamento. “Geralmente as pessoas tendem a olhar a causa física, deixando a causa emocional de lado”. 

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