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CotidianoVacinação começará quando todas as capitais tiverem doses, diz Saúde

Vacinação começará quando todas as capitais tiverem doses, diz Saúde

Secretário executivo do Ministério da Saúde disse que vacinações acontecerão de forma simultânea, sem prioridade à SP ou RJ

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Butantan já produz doses da vacina  (Foto Ilustrativa: Governo do Estado/Divulgação)

NATÁLIA CANCIAN
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS)  

Sem dar data para o início da vacinação contra a Covid, o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco disse nesta quarta-feira (13) que a vacinação contra Covid iniciará de forma simultânea e apenas quando todas as capitais tiverem doses da vacina.  

A previsão é que essa distribuição ocorra de três a cinco dias após a aprovação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), informa.  

“Por que a diretriz de começar todos ao mesmo tempo? Um mote é que ninguém vai ficar para trás. […] É bom São Paulo ter o Butantan e para o Rio de Janeiro ter a Fundação Oswaldo Cruz, mas não podemos tratar brasileiros de forma diferente”, disse, a ser questionado sobre a possibilidade de vacinação iniciar por São Paulo e Rio de Janeiro, onde ficam os dois laboratórios. “São Paulo e Rio de Janeiro não estão perdendo, o Brasil está ganhando”, disse.  

As doses, no entanto, devem demorar mais alguns dias para chegarem ao interior -daí a opção por iniciar quando as doses estiverem nas capitais, informa.  

“Vai começar pelas capitais, não posso esperar chegar em todos os 5.570 municípios, em 38 mil salas, para então ‘startar’ [começar] a vacinação. Vai começar quando chegar nas capitais, é essa a ideia”, disse.  

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Em meio a críticas de atraso para definir a estratégia, Franco evitou, em coletiva de imprensa, dar uma data exata para o início da vacinação. Segundo ele, a definição dependerá da decisão da agência sobre o aval ao uso emergencial de vacinas contra a Covid.  

Atualmente, a agência analisa dois pedidos para essa autorização. O primeiro foi feito pelo Instituto Butantan, para o uso de 6 milhões de doses da vacina Coronavac que foram importadas da China ainda no ano passado.  

Já o segundo pedido foi feito pela Fiocruz, que pede autorização para uso de 2 milhões de doses da chamada vacina de Oxford, previstas chegarem ao Brasil até o fim desta semana.  

“A Anvisa aprovando no domingo, vamos começar a distribuição para as capitais, e o material é loteado. Mas o simples aprovar da Anvisa não permitiria começar a vacinação. Haverá uma margem temporal para que a vacina chegue”, afirmou. “Mas a vacina iniciará no mesmo horário em todo o Brasil.”  

Questionado, Franco também não deu uma previsão exata dos primeiros grupos a serem vacinados. A previsão, diz, é que a estratégia inicie em idosos, profissionais de saúde e indígenas.  

Segundo o secretário, a pasta avalia diferentes variáveis para definir esses grupos.  

“De acordo com a quantidade de vacinas que viermos tendo, vamos abordando esses grupos”, disse. “No caso dos profissionais de saúde, se tivermos quantidade menor, vamos priorizar aqueles na linha de frente.” A expectativa, diz, é que a vacinação leve até 16 meses para ser finalizada em todo o país. 

Ainda de acordo com Franco, a pasta deve analisar a possibilidade de aumentar o intervalo de aplicação das doses para aumentar o público a ser vacinado.  

“No caso de alguns imunizantes, já está sendo uma prática em outros países aumentar o intervalo, desde que estudos possibilitem esse aumento. Há sim essa possibilidade.”  

Segundo o secretário, uma campanha para estimular a população a aderir à vacinação já foi finalizada -ele não informou, porém, quando a medida será divulgada.

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